Defesa de Carús admite contratação de empréstimos, mas nega extorsão

Defesa de Carús admite contratação de empréstimos, mas nega extorsão

Vereador foi preso temporariamente na terça-feira passada

Rádio Guaíba

Polícia Civil esteve no gabinete do vereador André Carús na manhã desta terça

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Responsável pela defesa do vereador licenciado André Carús (MDB), o advogado Jader Marques confirmou, nesta quinta-feira, que a equipe do parlamentar contraiu empréstimos para ajudá-lo a sair de uma “situação de dificuldade financeira”. No entanto, ele assegura que os valores foram tomados por livre e espontânea vontade, sem intervenção do político. Desde terça-feira, Carús permanece preso, temporariamente, suspeito de extorquir assessores. A defesa do emedebista já pediu a soltura dele.

Para Jader Marques, os depoimentos colhidos até o momento pela Polícia Civil apresentam certa semelhança. No entanto, a ex-servidora que denunciou o caso trouxe à tona ares de revanchismo contra o parlamentar. A advogada que trabalhou anos com ele, desde os tempos de DMLU, brigou com o parlamentar e passou a ser considerada como uma “feroz adversária do vereador”, disse Marques.

“Aconteceram empréstimos, sim, mas se analisarmos o depoimento da denunciante com o de outro cidadão, que está do lado do vereador, a ênfase é diferente. Quem apoia e compartilha das mesmas ideias de Carús, diz que isso (empréstimos) nunca foi obrigatório, nem nada, era uma alternativa para todos encontrarem uma saída. Agora, a denunciante, ela conta isso com um outro ‘colorido’, vamos usar esta expressão”, afirmou.

Em entrevista ao Esfera Pública, Marques assegurou que os motivos da briga ainda não foram esclarecidos, mas pretende elucidá-los após a soltura de Carús da prisão. Nessa quarta-feira, o advogado ingressou na Justiça com pedido de liberdade ao justificar que o vereador já prestou esclarecimentos informalmente, negando as extorsões, e ainda se licenciou do cargo para se dedicar a defesa do caso.

Desde a prisão, André Carús já deixou a presidência do MDB em Porto Alegre e cedeu a cadeira, por tempo indeterminado, para o suplente Delegado Cleiton (PDT), na Câmara Municipal. No transcorrer das investigações, a Polícia Civil também já teve acesso aos bilhetes que foram distribuídos no Legislativo, com cópias de um cheque, de R$ 62 mil, supostamente oriundo de um empréstimo consignado, somada a uma carta com a foto de Carús e a seguinte frase: “Vai pagar quando caloteiro?”.


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