Deputados do PSB solicitam a Leite alterações no projeto de lei do magistério

Deputados do PSB solicitam a Leite alterações no projeto de lei do magistério

Decisão foi comunicada ao chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e ao líder do governo na AL, deputado Frederico Antunes

Correio do Povo

Projeto de lei que atinge o Magistério desencadeou a greve dos professores

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Os deputados estaduais Elton Weber e Franciane Bayer, ambos do PSB, decidiram nesta terça-feira solicitar ao governo de Eduardo Leite alterações do projeto de Lei que muda o plano de carreira do magistério. De acordo com os parlamentares, se a administração estadual não apresentar uma nova proposta, eles votarão contra a medida. 

A iniciativa foi comunicada ao chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e ao líder do governo do Estado na Assembleia Legislativa, deputado Frederico Antunes. Na avaliação de Weber e de Francine, o projeto elaborado por Leite é injusto com os professores, desestimula os educadores a se qualificarem e agrava desigualdades em relação a outras categorias. 

“Sou favorável a reestruturação do Estado, mas não posso admitir que os servidores da educação sejam os mais atingidos pela reforma”, justificou Weber, líder da bancada na Assembleia Legislativa. Um dos pontos negativos salientados pelos parlamentares é que a nova redação desvaloriza a instrução acadêmica ao reduzir consideravelmente a distância entre as faixas salariais. Atualmente, a diferença de remuneração entre o professor de Nível I e o professor de Nível 6 é de 100%, enquanto na proposta do governo será de 7%.

"Sabemos da necessidade de reestruturação do Estado para o enfrentamento da crise financeira e para que o Estado retome os caminhos do desenvolvimento, no entanto, não temos como aprovar a proposta para o Magistério como está, sabendo das dificuldades da categoria", explicou Franciane Bayer. 

Greve 

Após o anúncio do pacote de medidas de Eduardo Leite para a reforma administrativa no Rio Grande do Sul, os professores decidiram paralisar as atividades no Estado. A greve foi deflagrada no dia de 18 de novembro e desde então a categoria trabalha para tentar sensibilizar deputados e mobilizá-los contra o projeto sugerido para o magistério. O Cpers alega que mais de 1,5 mil instituições aderiram à paralisação. A Secretaria de Educação divergiu e informou que existem 542 escolas com paralisação total e 500 fechadas parcialmente.

Na semana passada, o Piratini decidiu cortar o ponto de professores que estão em greve. Apesar disso, Leite admitiu que negociar uma compensação relativa aos dias parados apenas dos primeiros dias da mobilização.  


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