Doria classifica gestão de Jair Bolsonaro como fraca

Doria classifica gestão de Jair Bolsonaro como fraca

Para tucano, que cumpre agenda no Rio Grande do Sul nesta terça-feira, Brasil precisa de um líder e de uma gestão que não seja refém do Centrão


Rádio Guaíba

Em relação às prévias do PSDB, que definirão o candidato à presidência da República no ano que vem, Doria garante estar confiante

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira que a gestão do presidente Jair Bolsonaro é “fraca”. O tucano deu entrevista ao Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

Doria destacou que "um governo que tem líder não é refém de ninguém, mas sim da democracia e da Constituição”. Ele ainda complementou dizendo que o atual presidente da República entregou o governo para o Centrão, e que o país precisa de um líder. “Bolsonaro é um governo fraco, lamento em falar isso. Bolsonaro entregou seu governo para o Centrão. Quem comanda hoje o orçamento do governo Bolsonaro não é o ministro Paulo Guedes, mas sim o presidente da Câmara, Arthur Lira. Ministros de Estado do governo Bolsonaro despacham com o presidente da Câmara Federal para autorização de investimentos nas suas pastas. Isto é uma subversão completa da Constituição e da autonomia dos Poderes. Como pode o Legislativo mandar no orçamento do Executivo? O Brasil precisa de um líder e não precisa de um fraco, nem de alguém que fica recomendando cloroquina enquanto deveria estar lutando por vacina, alguém que hostiliza a China, que é o nosso maior parceiro comercial e econômico… [Precisa de alguém] que tenha capacidade e compaixão com os brasileiros, muitos dos quais perderam suas vidas por falta de orientação correta na compra de vacinas e na aplicação de vacinas”, disse.

Sobre as eleições de 2022, o governador de São Paulo destacou que acredita em fortalecimento de uma 3° via, posicionada no campo do centro democrático liberal. “Que entende que é importante dialogar com a esquerda e com a direita. Mas que também entende que o Brasil deva ser um país desestatizante, um país liberal, um país onde o mais privado e menos público seja essencial, para garantir ao público a essencialidade naquilo que ele (país) é imprescindível na saúde, na educação, na segurança pública, na habitação social, na proteção ambiental e no amparo aos mais pobres. Aí que o dinheiro público deve ser investido”, explicou.

Em relação às prévias do PSDB, que definirão o candidato à presidência da República no ano que vem, Doria garante estar confiante. “Eu em todas as disputas que entrei, entrei para vencer. Respeitando os adversários, nunca os desrespeitei, nunca fiz uma manifestação desairosa ou emocional que pudesse desvalorizar qualquer um dos adversários. Eu venci duas prévias do PSDB. Em 2016, prévias para a prefeitura da capital de São Paulo. E em 2018 também, eu venci a segunda prévia na história do PSDB e depois com o Rodrigo Garcia, como vice, vencemos as eleições para o governo do Estado de São Paulo”, relembrou.

João Doria cumpre agenda nesta terça em Porto Alegre. Na ocasião, ele participar de um encontro com a militância e lideranças tucanas gaúchas no Hotel Plaza São Rafael.
Conforme o chefe do executivo de São Paulo, a vinda ao Rio Grande do Sul, que vai ser o 20° e último estado brasileiro visitado por ele nas prévias do PSDB, trata-se de uma homenagem à ex-governadora Yeda Crusius (PSDB), que já declarou apoio à candidatura dele à presidência da República.


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