Doria elogia pronunciamento de Bolsonaro, mas pede "coerência" do presidente

Doria elogia pronunciamento de Bolsonaro, mas pede "coerência" do presidente

Durante discurso em rede nacional de rádio e TV, Jair Bolsonaro minimizou críticas ao isolamento social

AE

Governador de São Paulo disse que ficou "feliz" ao acompanhar o pronunciamento do presidente

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O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que, em nome dos outros governadores, ficou "feliz" ao acompanhar o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, transmitido nesta terça-feira, em rede nacional de rádio e televisão, em que afirmou ver "um presidente mais moderado e com bom senso". Durante o discurso sobre o enfrentamento à crise causada pelo novo coronavírus, Bolsonaro amenizou as críticas às políticas de isolamento e fez acenos ao Judiciário e ao Legislativo.

Apesar do elogio, Doria se disse "preocupado" ao ver "o mesmo presidente numa postagem agredindo os governadores". "Em qual presidente da República nós devemos confiar?", disse nesta quarta-feira o governador de São Paulo em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. "É preciso coerência, presidente. Seja equilibrado, moderado. Faça aquilo que o senhor fez ontem à noite em rede nacional, mas não caia na tentação de seguir a orientação daqueles que do seu gabinete do ódio propõem o confronto e o combate", pediu Doria.

"Prefiro levar em conta a sua manifestação de ontem e desconsiderar a sua manifestação de hoje pela manhã", concluiu Doria. Mais cedo, Bolsonaro compartilhou um vídeo em que um suposto feirante não identificado do Ceasa de Belo Horizonte mostrava o mercado vazio, chamava os governadores de "corja de canalhas" e dizia que Bolsonaro agiu com "responsabilidade" ao tentar determinar a volta às atividades de trabalho. Menos de duas horas depois, o presidente apagou o vídeo de suas contas.

Recursos

Doria também cobrou do governo federal a liberação de crédito à microempreendedores. "Tenho certeza que o governo federal cumprirá seus compromissos de liberação de recursos", disse. Segundo Doria, "os recursos devem ser rapidamente transferidos a quem precisa".


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