Efeito colateral não pode ser mais danoso que remédio, diz Bolsonaro

Efeito colateral não pode ser mais danoso que remédio, diz Bolsonaro

Presidente fez alusão ao crescimento do desemprego que afeta o Brasil em decorrência das restrições impostas pelo isolamento social

R7

Presidente fez alusão ao crescimento do desemprego em decorrência das restrições impostas pelo isolamento social

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, durante posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, que o efeito colateral da pandemia de coronavírus não pode ser o desemprego. Foi uma alusão ao crescimento do desemprego em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus.

"Devemos abrir o emprego porque o efeito colateral ao combate ao vírus não pode ser mais danoso que o próprio remédio. Tenho certeza que o Mandetta (Luiz Henrique, ex-ministro da Saúde) deu o melhor de si. Não tem vitoriosos ou derrotados. A história lá na frente vai nos julgar", disse.

Bolsonaro agradeceu ao ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, demitido ontem da pasta. "O Mandetta assumiu esse time conosco em janeiro do ano passado. Tenho certeza que fez o que tinha que ser feito. Eu dei liberdade para buscar o melhor por meio do seu ministério. Tenho certeza que ele sai com consciência tranquila", afirmou.

Vírus na economia

O presidente reconheceu que a opinião dele divergia do ex-ministro Mandetta, principalmente no que diz respeito à economia e, consequentemente, ao aumento do desemprego.

"A visão minha é um pouco diferente do ministro, que está focado no seu ministério. (...) Tem que ser (uma visão) mais ampla, os riscos maiores estão sob minha responsabilidade. Eu não posso me omitir, tenho que buscar aquilo que, segundo o povo que acreditou em mim, deve ser feito. Na visão do Mandetta, é (foco na) saúde e na vida. A minha, além disso, é a economia, o emprego", explicou.


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