Eleições 2022: PSol discute abdicar de candidatura própria e apoiar Lula

Eleições 2022: PSol discute abdicar de candidatura própria e apoiar Lula

Presidente nacional da sigla disse que espera "momento certo" para discutir unidade com os partidos de esquerda

AE

Presidente nacional da sigla disse que espera "momento certo" para discutir unidade com os partidos de esquerda

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Fundado em 2004 a partir de uma dissidência do PT, o PSol, pela primeira vez, discute internamente a possibilidade de abrir mão de lançar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2022 para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve seus direitos políticos e elegibilidade restabelecidos após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular as condenações do petista na Lava Jato.

Candidato do PSol à Presidência em 2018 e à Prefeitura de São Paulo, em 2020, Guilherme Boulos estava no palco em que Lula fez seu primeiro pronunciamento após a decisão de Fachin, na quarta feira passada. O apoio ao petista ainda sofre resistências, especialmente dos líderes da legenda que foram expulsos do PT, mas o debate ganha volume nas instâncias internas. O presidente nacional do PSol, Juliano Medeiros, é cauteloso ao tratar do tema.

"A presença do Lula no debate público reforça a luta da oposição contra o Bolsonaro, mas defendemos que essa discussão (sobre definição de candidaturas) seja travada no momento certo. Queremos criar um espaço formal para discutir a unidade com os partidos", disse Medeiros ao Estadão.

Em caráter reservado, porém, lideranças do PSol admitem que o partido nunca esteve tão perto de apoiar um nome do PT numa disputa presidencial - caso Lula concorra mesmo -, apesar da resistência da ala mais "radical" da sigla.

Desde de sua fundação, o PSol lançou quatro candidatos à Presidência da República: Heloisa Helena em 2006, Plínio de Arruda Sampaio em 2010, Luciana Genro em 2014 e Guilherme Boulos em 2018, que teve o pior desempenho, com pouco mais de 600 mil votos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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