Bolsonaro estuda melhor forma de dividir palanque com Onyx e Heinze no RS

Bolsonaro estuda melhor forma de dividir palanque com Onyx e Heinze no RS

Presidente criticou resistência às sugestões das Forças Armadas ao TSE


Rádio Guaíba

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O presidente Jair Bolsonaro (PL), que vai disputar a reeleição ao cargo em outubro, terá dois palanques no Rio Grande do Sul. O ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) e o senador Luís Carlos Heinze (PP) – que estão entre os nomes mais fieis ao chefe do Executivo brasileiro – confirmaram que vão se enfrentar na disputa ao governo do Rio Grande do Sul.

Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, nesta terça-feira, Bolsonaro disse que será difícil conciliar a presença nos palanques dos dois postulantes ao Palácio Piratini, em razão da polarização do pleito em nível nacional. Por isso, segundo o presidente da República, há uma tentativa de compor uma agenda única entre os candidatos.

“Eu sou amigo do Onyx, que está comigo desde a pré-campanha que começou em 2016, e também amigo do Heinze. É bem difícil eu ir duas vezes (ao Rio Grande do Sul). Estamos tentando compor para ver a melhor maneira de conduzir as eleições no Estado. No Senado, é a mesma coisa. Vários candidatos me apoiam”, ressalta o político.

O presidente também falou sobre o sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre a lisura do processo democrático no país, e criticou a suposta resistência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em responder as sugestões dadas pelas Forças Armadas desde que foram convidadas a participar do pleito.

“Ninguém está dizendo que não vão haver eleições. Mas queremos transparência. Qual o temor do outro lado, que é contra? No meu entender, essa suspeição tem de ser dissipada. Nada mais frustrante do que alguém votar e não saber o voto se foi para o candidato escolhido, independentemente de quem seja”, argumenta o presidente.

Durante a entrevista, o político fez críticas veladas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontado pelas pesquisas eleitorais como o líder na corrida eleitoral. Sem citar o nome do desafeto, Bolsonaro comparou o Brasil a uma empresa e disse que “se um empregado for pego roubando, não dá para recontratar ele para roubar de novo”.

 

 


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