Bolsonaro se reúne com Zema para discutir eleição e recuperação fiscal

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reúne, na tarde desta segunda-feira, com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). No encontro de 30 minutos, no Palácio do Planalto, em Brasília, serão tratados os temas eleições, infraestrutura e economia.

Candidato à reeleição ao governo de Minas Gerais e líder nas pesquisas eleitorais, Zema deve apoiar oficialmente o pré-candidato do seu partido ao Palácio do Planalto, Felipe D’Ávila. 

Nos bastidores, a ideia é que Zema apoie Bolsonaro no estado, com o objetivo de melhorar o desempenho do presidente em Minas Gerais, o maior segundo colégio eleitoral do país. Questionado, o governador mineiro destacou que ainda há definições a serem tomadas.

"Estamos em momento de definição e, da mesma maneira que tudo, geralmente, na área da política, costuma ficar para a última hora, como aconteceu com as filiações partidárias, estamos levando adiante com a maior agilidade dentro do possível, mas há definições a serem tomadas até a data limite", afirmou Zema.

O governador disse que, na reunião com Bolsonaro, deverá falar sobre rodovias federais em Minas Gerais. "Tenho andado muito pelo estado e temos algumas BR’s que têm deixado a desejar em manutenção, tenho recebido reclamações", contou. Uma das estradas que devem ser abordadas é a BR-381.

Regime de Recuperação Fiscal

O ministro do STF Luís Roberto Barroso deu prazo de seis meses para que o Governo de Minas Gerais faça a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Desde o início da gestão do governador Romeu Zema (Novo), a Corte concedeu uma série de medidas liminares para suspender o pagamento da dívida do estado com a União. Com isso, o estado tem até abril para aprovar a medida.

Ao todo, essas liminares somam mais de R$ 30 bilhões e R$ 4,5 bilhões em encargos. Caso o Executivo estadual não aprove a adesão ao novo regime, as liminares deverão ser suspensas e esse valor poderia ter que ser desembolsado em parcela única. O tema será discutido na reunião entre Zema e Bolsonaro.

"Nós tivemos pela primeira vez no Brasil um caso que tratou de omissão legislativa. Como Legislativo de certa maneira em Minas Gerais, ou a direção do Legislativo mineiro, não levou adiante e sequer analisou o tema, o Supremo definiu por um regime de recuperação fiscal judicializado", disse.

"Quando o Legislativo se omite, muitas vezes o Judiciário acaba decidindo. Vou pedir total apoio do Ministério da Economia, em especial da Secretaria Especial de Tesouro Nacional, para costurar acordo com Minas Gerais, a fim de proporcionar que continuemos com equilíbrio orçamentário", completou.