Candidatos querem apoiar empreendedores em Porto Alegre

Candidatos querem apoiar empreendedores em Porto Alegre

O Correio do Povo ouviu os demais postulantes ao Executivo sobre os desafios para a retomada da economia

Henrique Massaro

Os candidatos apresentaram opiniões e propostas sobre o retorno da atividade comercial e o combate ao comércio irregular.

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Após o painel promovido com sete dos 13 candidatos à prefeitura da Capital, o Correio do Povo decidiu ouvir os demais postulantes ao Executivo que não participaram do evento. Veja a seguir as principais propostas e opiniões dos candidatos sobre o retorno da atividade comercial e o combate ao comércio irregular.

Fernanda Melchionna (PSol): entende que cobrando dívidas de bancos e grandes empreiteiras, que chegam a R$ 2 bilhões, é possível ofertar microcrédito para que micro e pequenas empresas retomem atividades, gerando emprego e renda. Com o programa Nome Limpo, pretende destinar recursos para promover o ‘desendividamento’ no SPC Serasa, voltando a estimular o consumo. Segundo ela, vendedores ambulantes não podem ser tratados como bandidos, mas trabalhadores que precisam ser regularizados. 

João Derly (Republicanos): tem como meta tornar Porto Alegre a capital nacional do empreendedorismo, tornando-a parceira dos empreendedores e mantendo o diálogo sobre horários e dias de funcionamento do comércio. “Vamos facilitar a emissão de licenças, alvarás e outros processos. Será tudo digital.” Para ele, a informalidade é combatida com mais oportunidades. Pretende implementar um projeto de “calçada cidadã”, para aumentar a segurança nas ruas. Está no plano de governo a criação da Escola do Empreendedorismo.

Júlio Flores (PSTU): considera irresponsável a abertura do comércio sem o fim da pandemia. Para preservar as vidas dos trabalhadores e suas famílias, é a favor do fechamento de todos os serviços não essenciais. “Defendemos garantia de renda para os trabalhadores do comércio para que possam ficar em casa em segurança e apoio aos pequenos comerciantes.” Sobre o comércio irregular, entende que a prefeitura deve criar um plano de obras públicas e renda para que a população viva com dignidade. 

Luiz Delvair (PCO): afirma que o comércio deve seguir funcionando conforme as leis vigentes, mas entende que os vendedores ambulantes precisam ter o direito de ganhar seu sustento. Para ele, em um futuro próximo todos os trabalhadores acabarão no comércio informal. “Os dirigentes lojistas têm que ficar preparados porque essa situação vai se agravar e vai acometê-los.” 

Montserrat Martins (PV): diz que a população compreendeu a importância dos protocolos de proteção e que o poder público deve fiscalizar o cumprimento das regras. Chamou a atenção para a importância de garantir testes para taxistas e motoristas de aplicativo, assim como um convênio entre a prefeitura e o Laboratório Central de Saúde Pública do Estado. Identifica a atividade dos vendedores ambulantes como uma tentativa desesperada de sobrevivência em meio à crise. 

Rodrigo Maroni (Pros): é favorável a que o comércio se mantenha fechado até que se tenha alguma perspectiva de vacina contra o coronavírus, mas defende que é necessário ouvir especialistas da saúde para a tomada de decisões. Também se coloca contra a retirada do comércio irregular por entender que esta é a única maneira que estes trabalhadores têm para garantir subsistência em um cenário de desemprego. “A ausência de emprego não pode combater o comércio irregular criminalizando-o.”


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895