Eleição coloca mais mulheres e negros na Câmara de Vereadores de Porto Alegre

Eleição coloca mais mulheres e negros na Câmara de Vereadores de Porto Alegre

Bancada que assume em janeiro de 2021 terá um novo perfil, com mais diversidade

Correio do Povo

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A eleição de 2020 trouxe um novo perfil para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Para começar, dos 36 vereadores eleitos em 2016, apenas quatro eram mulheres (Comandante Nádia, Mônica Leal, Sofia Cavedon e Fernanda Melchionna) e somente um era negro (Tarciso Flecha Negra). Neste ano, se elegeram mais mulheres e mais negros do que em 2016. As maiores bancadas foram eleitas pelo PSol, PT e PSDB, com quatro vereadores para cada um dos partidos.

Em seguida aparecem PTB e MDB (de Sebastião Melo), cada um com três vereadores. Emplacaram duas cadeiras cada o PCdoB (de Manuela D’Ávila), o Novo, PDT, Republicanos e PP. Garantiram apenas um representante o PL, PRTB, PSL, PSB, PSD, Cidadania e Solidariedade.

Os cinco candidatos mais votados representam partidos de ideologias completamente distintas. Eles são do PSol, do Novo e do Dem. A mais votada da Câmara foi Karen Santos, do PSol, com 15.702 votos; em seguida aparece Pedro Ruas, também do PSol, totalizando 14.478 votos; em terceiro lugar está Felipe Camozzato, do Novo, que fez 14.279 votos; depois ficou Comandante Nadia, do Dem, que angariou 11.172 votos; e em quinto lugar está Matheus Gomes, do PSol, com 9.869, que representa uma das principais surpresas da nova composição da Câmara de Porto Alegre que assumirá em janeiro de 2021.

A apuração completa dos votos no caso do Legislativo é mais complexa do que a da majoritária. Isso ocorre porque os cálculos dependem dos coeficientes partidários (quantidade de vagas que o partido terá direito). E depois, da quantidade de sobras, que serão divididas entre todos os partidos. Além disso, houve grande expectativa em relação aos eleitos, uma vez que neste ano ocorreram mudanças nas coligações, que passaram a ser proibidas nas disputas das proporcionais. Assim, houve um aumento considerável na quantidade de candidatos neste ano, que totalizaram mais de 850 para 36 vagas.

Esta foi a disputa eleitoral mais atípica dos últimos tempos, em função das restrições impostas pela proibição das coligações e pelo desafio extra e inédito, para partidos e representantes a cadeiras no Legislativo, de uma campanha em meio a uma pandemia. A partir de hoje, os eleitos irão se dedicar integralmente às campanhas majoritárias que seguem na disputa.

Veja os eleitos 

 


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