Heinze prepara estrutura de campanha

A pré-campanha do senador Luis Carlos Heinze (PP) ao Piratini tem enfrentado dificuldades para encontrar um marqueteiro. Após as conversas com Zeca Honorato, responsável pela função em 2018, na campanha que alçou Heinze ao Senado, não evoluírem e o profissional acertar com a pré-candidatura de Roberto Argenta (PSC), outro marqueteiro foi descartado. Marcelo Vitorino, que esteve à frente da campanha de Gilberto Kassab à prefeitura de São Paulo em 2008, além de trabalhar em campanhas presidenciais não encontrou um denominador comum com Heinze.

Nos bastidores da pré-campanha, o posicionamento do especialista em programas de rádio e televisão, no qual criticou o governo federal, foi apontado internamente como um dos motivos. Procurado, Heinze afirma que a definição do nome cabe à sua coordenação de campanha, mas enfatiza que o marqueteiro "tem que estar alinhado comigo e com o governo Bolsonaro".
Na última semana, Vitorino esteve em Porto Alegre para um encontro com pré-candidatos do PP, no Hotel Embaixador. Entre as agendas da semana, também houve uma reunião com a coordenação da pré-campanha de Heinze, durante a qual, segundo o marqueteiro, houve a decisão, "em comum acordo", para não continuar o trabalho. De acordo com Vitorino, não houve um litígio. Ele creditou a decisão a problemas de agenda.

Conforme o coordenador da pré-campanha de Heinze, José Carlos Breda, será reavaliada a necessidade de um marqueteiro, considerado por ele um acréscimo ao trabalho que já vem sendo realizado por uma agência. "Queremos mostrar um pouco mais do nosso pré-candidato, que tem alternativas fora do convencional para o RS. Na nossa avaliação, isso ainda não está chegando ao eleitor", afirma Breda.