Júlio Flores quer uma prefeitura conduzida por conselhos populares

Júlio Flores quer uma prefeitura conduzida por conselhos populares

Candidato do PSTU encerrou o ciclo de entrevistas com os 13 postulantes à prefeitura de Porto Alegre na Rádio Guaíba

Henrique Massaro

Júlio Flores (PSTU) é contra o retorno às aulas presenciais

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Um governo municipal conduzido por decisões tomadas por conselhos populares é o que pretende fazer o candidato à prefeitura de Porto Alegre pelo PSTU, Júlio Flores. Figura já conhecida de outras disputas eleitorais na cidade e no Estado, o último dos 13 postulantes ao Executivo a ser entrevistado pelo programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, disse nesta sexta-feira que tem como prioridades a manutenção do ensino remoto durante a pandemia do coronavírus e a criação de medidas para garantir uma renda emergencial à população. 

O candidato afirmou que quer garantir um “governo socialista dos trabalhadores para enfrentar a exploração capitalista”, que entende ser a principal causadora do desemprego, através da criação de conselhos que serão formados nos bairros populares, locais de trabalho, nas escolas e nas comunidades indígenas e quilombolas. “Será o governo dos conselhos populares, porque é eles que vão decidir a política do governo”, disse. Se eleito, Flores pretende apresentar propostas como o não pagamento da dívida pública da prefeitura com os bancos e o fim da isenção de impostos para que estes representantes da população tomem as decisões. 

Professor de matemática das redes municipal e estadual, o candidato entende que não é o momento de retorno às aulas presenciais. De acordo com ele, sair da modalidade remota significa colocar cerca de 400 mil porto-alegrenses em risco e possibilitar uma segunda onda de infecções da Covid-19. “No Rio Grande seriam quatro milhões (de pessoas) circulando e isso poderia dar um novo impulso à pandemia”, comentou, citando estudo da universidade de Harvard que apontou para a alta carga viral da doença em crianças. 

Sobre o enfrentamento da crise financeira agravada pela pandemia, o candidato disse que tem entre suas prioridades utilizar recursos públicos - segundo ele, a prefeitura é superavitária em cerca de R$ 300 milhões - para garantir uma reforma estrutural. Ele citou um projeto para viabilizar que os trabalhadores construam suas próprias casas para suprir um déficit de mais de 50 mil moradias na Capital e mencionou que o plano de obras públicas também deve incluir a construção de postos de saúde e escolas.

 


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