Manifestantes comemoram falsa informação sobre prisão de Moraes, em Porto Alegre
Grupo contrário ao resultado das eleição pediu "intervenção federal" em frente ao Comando Militar do Sul (CMS)
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Um grupo de manifestantes pró Bolsonaro se reuniu, na tarde desta terça-feira, para pedir "intervenção federal". Os poiadores do atual presidente ficaram concentrados na esquina da rua 7 de Setembro com a avenida Padre Tomé, junto ao Comando Militar do Sul (CMS), em Porto Alegre.
Em dado momento, eles chegaram a celebrar de forma efusiva a falsa notícia de que teria sido “decretada a prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes”, disseminada através de aplicativo de mensagens. Algumas pessoas se emocionaram, se abraçaram e ajoelharam-se. Ao perceberem não se tratar de um fato verídico, voltaram a entoar o Hino Nacional.
Em Porto Alegre, na rua 7 de Setembro, manifestantes pró-Bolsonaro comemoraram uma suposta "prisão do ministro Alexandre de Moraes", o que não procede. Informação falsa circulou por grupos de whatsapp. Alguns se ajoelham e rezaram. pic.twitter.com/rBpNc7WXuy
— Felipe Nabinger (@felipenabinger) November 1, 2022
Munidos de bandeiras do Brasil, vestidos de verde e amarelo e trazendo seu pleito em faixas, os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro permaneceram no local ora com manifestantes proferindo palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal e Lula, ora cantando o Hino Nacional que era executado em caixas de som abastecidas por baterias de carro.
Poucos acompanharam o rápido depoimento do presidente em Brasília, seguido do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), que reafirmou trabalhar na transição de governo. Alguns ouviam através dos celulares, entendendo que se tratava de “um código para chamar a população às ruas”.
Sem elencar lideranças ou um porta-voz, eles prometem permanecer no local, sem estabelecer um prazo para a realização da manifestação. Alguns, ao microfone, pediam para que os demais chamassem amigos e familiares, aproveitando o feriado de Finados, nesta quarta-feira, para aumentar o número de pessoas no protesto.
Foto: Mauro Schaefer