Marchezan colocará meta para secretários e vai cobrar resultados para Carris

Marchezan colocará meta para secretários e vai cobrar resultados para Carris

Prefeito eleito deixou aberta possibilidade de privatizar companhia de ônibus

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Marchezan reiterou necessidade dê resultados para Carris

publicidade

Eleito prefeito de Porto Alegre nesse domingo com 402.165 votos no segundo turno da eleição, Nelson Marchezan Jr. participou do programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, na tarde desta segunda-feira. O novo prefeito da Capital reiterou que colocará metas para seu secretariado e destacou a necessidade de que Companhia Carris Porto Alegrense (Carris) apresente resultados favoráveis.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de privatizar a Carris, Marchezan afirmou que esse não é um plano de governo, mas que será necessário por ele ou um futuro prefeito caso a Companhia não dê lucro. O novo prefeito destacou que a previsão é de que a Carris dê prejuízo superior a R$ 50 milhões neste ano. “Com R$ 59 milhões a mais, Porto Alegre se torna a cidade mais segura do Brasil”, disse. “Não é meta de governo, não é plano de governo privatizar. Isso é resumir o plano de governo. Se ela der prejuízo, (será privatizada) por mim ou pelo próximo prefeito”, afirmou.

Sobre o secretariado, Marchezan afirmou que seus secretários terão metas a cumprir. Ele disse confiar que não haverá constrangimento em caso de necessidade de fazer trocas nos comandos das pastas se os objetivos não forem alcançados. “Ele vai pedir para sair. Ele pode estar em um momento da vida que não consiga atender aquilo. Não é porque é ruim ou incompetente. Vai entender que ele tem um contrato e naquele momento não conseguiu atingir aquele objetivo”, afirmou o prefeito, que garantiu que a formação do secretariado colocará a capacidade acima de interesses políticos.

“Fui em uma federação e me perguntaram se eles poderiam indicar secretário tal. Eu disse que poderiam. Podem indicar vários secretários, mas ninguém vai assumir só por ser daquela federação, como eles não acham certo que alguém assuma só por ser de um partido. Vão assumir pessoas que sejam competentes para aqueles cargos, mesmo que não tenham uma afinidade comigo. Se o Bill Gates estivesse disposto a ser secretário, seria. Dando um número, se tiver dez secretários, quero dez pessoas top nessas secretarias”, garantiu. 

Eleito, Nelson Marchezan Jr. não terá maioria na Câmara de Vereadores. O tucano, no entanto, acredita que não vai ter problemas para aprovar projetos. Ele disse que a população mostrou nas urnas que quer mudanças e que os vereadores precisarão entender isso. “A eleição é um contrato. O candidato faz uma oferta e o eleitor diz 'eu quero'. Foi feito um contrato comigo e o Paim. Agora nós temos que cumpri-lo. Vamos buscar fazer aquilo que quer a sociedade e pedir o apoio dos vereadores para isso. Os vereadores sabem qual foi a proposta escolha pela população de Porto Alegre”, disse o prefeito, que admitiu que as finanças da prefeitura exigirão uma reestruturação na máquina pública.

“A situação financeira da prefeitura nos próximos quatro anos será a pior da última década. Me parece que todos sabem das dificuldades. Da Luciana Genro até o Fabio Ostermann, os candidatos falaram que tem que reestruturar a máquina pública. São pontos em comum. Não pode haver um boicote. A população já mostrou que quer coerência”, finalizou.

Assista abaixo aos três blocos da entrevista 







Assinante
Exclusivo para assinantes
Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895