Menos de 10% dos deputados federais obtiveram votos suficientes para se elegerem sozinhos

Menos de 10% dos deputados federais obtiveram votos suficientes para se elegerem sozinhos

Análise do TSE mostra que 478 parlamentares foram elevados ao cargo por força de coligações

Agência Brasil

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Uma análise do Tribunal Superior Eleitoral, divulgada nesta terça-feira, mostra que mais de 90% dos deputados federais eleitos para a próxima legislatura (ou 478 dos 513) não obtiveram votação mínima para se eleger sozinhos no partido ou coligação. Isso significa que 35 políticos, em todo o País, não precisaram da força da sigla para  "puxar" cadeiras na Câmara.

O índice alimenta as discussões pela reforma eleitoral, que pretende reduzir o fenômeno de votos em um determinado candidato elegerem outro parlamentar. Apenas quatro candidatos foram puxadores de voto: Tiririca (PR-SP), Ana Arraes (PSB-PE), Anthony Garotinho (PR-RJ) e Manuela D'Avila (PCdoB-RS). Eles obtiveram votação maior ou igual ao dobro do quociente eleitoral, elegendo, assim, outros políticos de seu partido ou coligação.

O campeão de votos em todo o país foi Tiririca (PRB) que, com 1.353.820 de votos, levou mais três parlamentares para a Câmara dos Deputados. Antony Garotinho, que obteve 694.862 votos, garantiu outras duas cadeiras. Ana Arraes (387.581 votos) e Manuela D’Avila (482.590 votos) ajudaram a eleger mais um aliado cada uma.

Bahia, Minas e Pernambuco foram as unidades da Federação com o maior número de deputados eleitos somente com seus votos. Nos demais Estados, só um ou dois parlamentares se elegeram sem depender da votação total atribuída à legenda. A conta do TSE não incluiu candidatos com registro negado pela Justiça.

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