Moraes "torna sem efeito" inquéritos sobre institutos de pesquisa

Moraes "torna sem efeito" inquéritos sobre institutos de pesquisa

Cade e Polícia Federal tinham aberto investigação nesta quinta-feira para apurar supostas distorções nos números do primeiro turno

R7

Ministro salientou que competência de apurações é do TSE

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, tornou sem efeito, na noite desta quinta-feira, inquéritos abertos para apurar supostas irregularidades nos institutos de pesquisa. As empresas responsáveis pelos levantamentos tornaram-se alvo de críticas após divergências entre as estimativas e os resultados das urnas. 

A Polícia Federal tinha instaurado, no mesmo dia, um inquérito sobre eventuais crimes cometidos por institutos de pesquisa que erraram resultados do primeiro turno das eleições. Nesta quinta-feira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também tinha aberto investigação. 

Segundo Moraes, compete à Justiça Eleitoral a fiscalização das entidades de pesquisa e, no caso do Cade e da PF, há "incompetência absoluta de seus órgãos prolatores e a ausência de justa causa. Inclusive com a participação e possibilidade de impugnação dos envolvidos e com o exercício de poder de polícia para garantir a legitimidade eleitoral", escreveu o magistrado.

De acordo com representação no Cade, ocorreram erros na apresentação dos resultados, tendo em vista a discrepância do que apontavam as pesquisas eleitorais e o resultado das urnas. A investigação da PF foi uma determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Ele comunicou a PF sobre a necessidade de um inquérito após receber uma representação do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que contestou o levantamento de empresas que fizeram um prognóstico errado das intenções de voto para o chefe do Executivo.


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