Polícia Federal prende em Portugal suspeito de invasão ao site do TSE

Polícia Federal prende em Portugal suspeito de invasão ao site do TSE

Ataque hacker ocorreu no primeiro turno das eleições deste ano, no dia 15 de novembro

R7

Além do acesso ilegal aos servidores do Tribunal, a PF apura os crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa

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A Polícia Federal prendeu, neste sábado, em Portugal, o suspeito de invadir o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante o primeiro turno das eleições municipais de 2020, no dia 15 de novembro. A ação foi realizada em conjunto com a polícia judiciária do país.

As buscas também ocorrem em território nacional. No Brasil, três mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos, além de três medidas cautelares de proibição de contato entre investigados nos estados de São Paulo e Minas Gerais. 

Segundo o inquérito policial, um grupo de hackers brasileiros e portugueses, liderados por um cidadão português, foi responsável pelos ataques criminosos aos sistemas do TSE no primeiro turno.

Além do acesso ilegal aos servidores do Tribunal, a PF apura os crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa. Ambos os crimes são previstos no Código Penal; além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições (9.504/97).

As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após representação efetuada pela Polícia Federal e manifestação favorável da 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral.

Ataque hacker causou lentidão no e-Título

O ataque hacker no primeiro turno foi um dos motivos por trás da lentidão que os eleitores enfrentaram para justificar ausências no aplicativo e-Título, segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

"Houve uma tentativa de ataque com um grande volume de acessos simultâneos, mas foi totalmente neutralizado pelo TSE e pelas operadoras de telefonia e portanto sem qualquer repercussão sobre o processo de votação", disse Barroso em coletiva de imprensa realizada durante o primeiro turno.

"Obviamente houve um subdimensionamento ou problema técnico, sobretudo causado pelo desligamento de um dos servidores. Tivemos uma dificuldade e vamos consertar já para o segundo turno", prometeu Barroso.


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