PP e MDB mantêm hegemonia nas prefeituras e câmaras legislativas do RS

PP e MDB mantêm hegemonia nas prefeituras e câmaras legislativas do RS

Mais da metade dos prefeitos e vereadores eleitos no domingo são das duas siglas

Jonathas Costa

Com a situação de emergência, os órgãos e entidades da administração pública poderão ampliar a carga horária de servidores e empregados públicos

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O PP e o MDB se mantiveram na eleição de 2020 como as siglas com a maior quantidade de prefeituras conquistadas no Rio Grande do Sul. Neste domingo, foram eleitos pelo PP 143 candidatos aos executivos municipais e o partido ainda disputa o segundo turno em Santa Maria, onde Sergio Cechin terminou na frente de Jorge Pozzobom (PSDB), que busca a reeleição. 

Há quatro anos, o PP saiu das urnas com 142 prefeitos eleitos. Desta vez, o partido indicou candidatos em 270 municípios do Estado e, com 143 deles eleitos, alcançou um percentual de vitória de 56,33% 

Os prefeitos progressistas já eleitos vão governar para pouco mais de 1,155 milhão de gaúchos, uma quantidade inferior apenas ao contingente de moradores que serão governados por prefeitos do MDB, a segunda sigla com maior quantidade de prefeituras conquistadas no Estado neste ano. 

Ainda no páreo pelo comando do Executivo de Porto Alegre, onde Sebastião Melo superou Manuela D’Ávila (PCdoB), o MDB elegeu 134 prefeitos, um a mais que em 2016, e vai governar para 1,169 milhão de gaúchos. O partido estava na disputa em 260 municípios e acabou obtendo um percentual de vitória em 51,92% deles. As maiores cidades são Gravataí, com a vitória de Zaffa, Rio Grande, com Fábio Branco, e Alvorada, com Appolo

O PDT conseguiu eleger 65 prefeitos, 13 a menos que em 2016, e o PTB, que está no segundo turno em Canoas com Carlos Busato enfrentando Jairo Jorge (PSD), conquistou 31 cidades, duas a mais que há quatro anos.

Enquanto o PSDB manteve a mesma quantidade de prefeituras neste pleito na comparação com o último (27 cidades), o PT amargou uma perda de 16 prefeituras e, a partir de 2021, vai administrar 23 cidades que, juntas, somam menos de 380 mil moradores. Ambos os partidos ainda se enfrentam no segundo turno em Pelotas e Caxias do Sul.

Expansão também nos legislativos

PP e MDB também se mantiveram como os partidos com maior quantidade de vereadores eleitos no Rio Grande do Sul. O MDB, contudo, cedeu o topo do ranking para o PP, que passou de 1206 vereadores para 1282, 76 a mais. É do PP, inclusive, a maior quantidade de novos candidatos eleitos. Na contramão, o MDB perdeu 97 cadeiras em todo o Estado.

A disputa foi ruim para o PT não somente no âmbito dos executivos municipais. Nos legislativos, a sigla perdeu 166 vagas, o maior tombo no pleito deste ano. PTB e PDT também tiveram perdas expressivas, com 134 e 101 vagas, respectivamente. 

O PSDB perdeu 78 vagas, indo de 311 para 233, e o PSol, que fez uma excelente votação em Porto Alegre e garantiu quatro vagas no Legislativo da Capital, conquistou apenas outras duas no Estado, ambas em Pelotas. Um desempenho bastante inferior às 35 vagas conquistadas em 2016.

Novidade em pleitos municipais, o PSL saiu das urnas com 40 vereadores eleitos. O Republicanos também conseguiu ampliar a participação nas casas legislativas e passará a ter 110 vereadores. Já o PL conseguiu triplicar o número de vagas e passou de 27 para 85.


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