PSB abre palanque para chapa Lula-Alckmin no RS

PSB abre palanque para chapa Lula-Alckmin no RS

Candidato ao Piratini, Vicente Bogo afirmou que respeitará decisão nacional da sigla

Felipe Nabinger

Vicente Bogo e Josi Paz foram oficializados como candidatos a governador e vice pelo PSB.

publicidade

No evento que confirmou a chapa majoritária do do PSB no RS, o candidato na disputa pela cadeira no Palácio Piratini, Vicente Bogo, afirmou que dará palanque para a chapa de Lula, que tem Geraldo Alckmin, do seu partido, como vice na corrida pela presidência da República. "O PSB nacional é coligado com o PT. Vamos respeitar a decisão nacional, nosso material vai conter a referência a chapa nacional. Vamos oferecer palanque ao Lula e ao Alckmin. Se os dois vierem para o nosso palanque formalmente melhor, se vierem virtualmente também nos serve", afirmou Bogo.

Entretanto, o ex-governador e deputado constituinte chamou de "escolha de Sofia" a decisão do eleitos, frente a polarização do cenário entre o candidato petista e o presidente Jair Bolsonaro. "Faltou uma terceira via viável, me parece. Talvez se materialize durante a campanha", analisou. Bogo se coloca como uma "nova opção" no campo do centro à esquerda, fugindo dos extremos, e podendo ter eleitores inclusive na direita. Ele disse não ser "contra o PT nem contra os que estão com Bolsonaro", não se considerando inimigo de Edegar Pretto (PT), Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB), por exemplo.

A candidatura da chapa socialista no Estado não contará com grandes recursos, mas a direção do partido nega que tenha havido cortes pela sigla não apoiar o PT, a exemplo de da esfera nacional e de outros estados. "Não tivemos discriminação, mas o PSB nacional estabeleceu seis prioridades no país e deixou o RS livre para tomar sua decisão. Acreditamos no nosso potencial e queremos mostrar que deveríamos estar entre as prioridades", afirmou Mário Bruck, presidente estadual da sigla, que vai encontrar o presidente nacional, Carlos Siqueira, na semana que vem para tratar da estrutura da campanha.

"Teremos dificuldades financeiras. Mas temos um canal de TV na mão de todos nós (disse, levantando um telefone celular). Existem mecanismos tecnológicos que podem nos fazer chegar aos eleitores. Nossa mensagem vai chegar na casa de cada gaúcho e gaúcha", garante Bruck. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895