Saiba como preparar a cola para votar no domingo

Saiba como preparar a cola para votar no domingo

Eleitor precisará digitar 19 números no dia da votação, além da tecla "confirma"

Karina Reif / Correio do Povo

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Cinco números para deputado estadual, quatro para federal, três para senador, mais três para o segundo senador, dois para governador e dois para presidente. Difícil encontrar alguém que decore essa sequência para o domingo, quando ocorrem eleições em todo o Brasil. Por isso, a Justiça Eleitoral recomenda que as pessoas anotem os dígitos para que não haja confusão na hora de confirmar o voto. A cola deve agilizar o processo e reduzir as filas, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) gaúcho. A estimativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de que o eleitor leve, em média, 1 minuto e 30 segundos quando estiver na cabine.

Para quem ainda não sabe os números dos seus candidatos, um local para procurar é o site do TRE . Clicando no Estado
onde vai votar, o eleitor encontra os concorrentes por cargo. E para quem não pode acessar a internet, a dica é procurar o cartório eleitoral mais próximo ou verificar nos cartazes afixados nas seções para votação. O eleitor precisa lembrar, no entanto, de digitar a tecla “confirma” na urna eletrônica.


 

O manobrista João Carlos Zanoni, 46 anos, há muito tempo leva a sua cola para não correr o risco de ter um branco em frente à urna eletrônica, na Escola Ricardo Faicker Nunes, onde vota em Viamão. “Escrevo na mão”, contou. Ele explicou que costuma acompanhar o horário político na TV e já aproveita para anotar os números dos seus candidatos. 

A diarista Eloisa Cruz, 32 anos, faz a sua cola e a do marido Rosaldo Silva, que é técnico de telefonia. “Como nem sempre votamos nos mesmos candidatos, procuro os números dos meus e dos dele”, explicou ela. “É muito difícil de decorar. Bah, uma vez tentei fazer de cabeça, mas não lembrei e tive que pegar o papel na bolsa.” Ao longo da campanha, Eloisa vai guardando os panfletos que recebe e avaliando as propostas. Depois faz uma lista, por ordem de votação. “Para presidente, já decidi, mas ainda não sei o número. Até domingo, descubro em alguma propaganda.”

A eleitora mora no bairro Belém Velho, mas sua seção continua sendo no Glória, onde residiu boa parte de vida. No dia das eleições, Eloisa aproveita para votar bem cedo, “na primeira hora”, para depois visitar familiares, que vivem na região, e depois passear com o casal de filhos, de 14 e 9 anos, que sempre a acompanham.

Diferente de Zanoni e Eloisa, o aposentado Germano Hess, 77 anos, tem ótima memória. Ele garante que nunca precisou levar cola, pois sabe todos os números de cabeça. Hess procura no jornal e não esquece mais. Quando chega para votar no Colégio Piratini, no bairro Auxiliadora, não precisa consultar nada.

Documento para votação

O eleitor não precisará apresentar o título de eleitor. A única exigência será a presentação de um documento oficial com foto – carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente (identidades funcionais); certificado de reservista; carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação (com foto) ou ainda o passaporte. A decisão foi tomada em julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quinta-feira.

Justificativa

Quem está fora de sua zona eleitoral, pode justificar o voto. Esse é o caso de Ernane Froeder, 33 anos, e sua mulher Janete, 32. Eles são de Lajeado e trabalham em Porto Alegre. Os dois deverão assinar um formulário na presença de um mesário no dia da votação. Após essa data, é necessário apresentar requerimento ao juiz da zona eleitoral onde o cidadão é inscrito, pessoalmente ou pelos Correios. O endereço dos cartórios eleitorais poderá ser obtido nas páginas dos tribunais regionais eleitorais na internet. O formulário pode ser acessado também pelo site do TSE.

Além do requerimento devidamente preenchido, é preciso apresentar um documento com foto, que pode ser carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente (identidades funcionais); certificado de reservista; carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação (com foto) ou ainda o passaporte. Este ano, é necessário apenas um documento para votar.

Indecisos

A dois dias das eleições, ainda há muitos eleitores indecisos. Esse é o caso do porteiro Ourides Ermogênio da Silva, 48 anos. “Alguns eu já decidi, mas outros escolho na hora.” Ele, que está muito decepcionado com a política, acompanha os horários eleitorais e os debates, mas ainda não tem certeza em quem vai votar. Ele disse que tem alguns nomes “reservas”, porém ainda está em dúvida. “Na hora, eu vejo”, disse. O mesmo ocorre com Silvana Pereira, 44 anos. A auxiliar de limpeza, 44 anos, sabe de cor os números dos seus candidatos a presidente e governador. No entanto, ainda não escolheu o concorrentes para os demais cargos. Assim, como Silva, Silvana avaliará no último momento as propostas de alguns candidatos, cujos santinhos tem guardado com ela.


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