Em Pelotas, Ciro Gomes afirma que Bolsonaro e Lula têm o mesmo modelo econômico

Em Pelotas, Ciro Gomes afirma que Bolsonaro e Lula têm o mesmo modelo econômico

Pré-canditado à presidência da República, trabalhista cumpriu agenda no Rio Grande do Sul

Angélica Silveira

Ciro esteve em Pelotas nesta sexta-feira

publicidade

O pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT) cumpriu agenda política nesta sexta-feira, em Pelotas. Após almoçar em uma tradicional churrascaria da cidade, ele foi recebido por apoiadores antes de participar de um programa de rádio. O pré-candidato estava acompanhado da esposa, Gisele Bezerra, do deputado federal Pompeo de Mattos e do pré-candidato ao Governo do Estado, Vieira da Cunha. Para ele, o que está errado no Brasil é que é uma sociedade dividida.

“Somos a economia mais rica da américa latina e salário mínimo só perde para a Venezuela como pior. A política em uma democracia verdadeira pertence ao conjunto da nação. No Brasil a política virou espaço de amadores, estagiários”, criticou. Para Gomes, o povo que votou em Jair Bolsonaro para presidente, votou magoado, como forma de protesto. Para ele, os dois candidatos que polarizam a eleição têm o mesmo modelo econômico. “Não existe comunista ou fascista”, destaca. 

Sobre educação, ele disse que pretende melhorar. “Entendemos que educação não pode ser beabá. Primeira providência troca o padrão de educação. Decoreba não existe. Temos que preparar a cabeça da meninada”, disse. Para Gomes, as pessoas que não tem uma boa escola acabam no tráfico de drogas. " No Brasil 14 milhões de pessoas não estão estudando nem trabalhando. Não foi o Bolsonaro que fez, mas agravou a situação que vem da conversa mole do PT", opina. Sobre economia, o pré-candidato disse acreditar que 60% do crescimento econômico que precisamos retomar depende do consumo das famílias, que é emprego, renda e crédito. “A minha proposta é chamar para um leilão reverso todos os credores. Quem der o maior desconto paga primeiro”, diz. 

Após o programa, a comitiva foi tomar um cafezinho, no Café Aquários, tradicional ponto de encontro da cidade. No local, ocorreu um princípio de confusão entre apoiadores de Ciro Gomes e eleitores do presidente Jair Bolsonaro. O candidato pediu calma aos presentes. Em um hotel da cidade, Ciro Gomes recebeu apoio da Rede Sustentabilidade no Rio Grande do Sul . Ele recebeu a resolução do partido. O encontro teve a presença de políticos e representantes de sindicatos."Ninguém precisa ser de direita ou esquerda para amar o Brasil. A Rede representa uma nova forma de organizar a política. O problema do Brasil são os grandes partidos que aceitaram um modelo de desenvolvimento econômico que está matando a nação", lamentou. Ele admitiu que é difícil viabilizar sua vitória nas eleições de dois de outubro. “Mas ela é possível e necessária”, ponderou. 

Ciro Gomes ainda participou do lançamento de pré-candidatos a deputados federal e estadual na sede do PDT na cidade. Em seu discurso, Ciro Gomes voltou a falar de economia. “São 6 milhões de pessoas em desalento e 12 milhões de desempregados. A jornada do brasileiro chega a 70 horas semanais. A saúde mental do brasileiro está sendo destruída. O que me angustia é que estamos mandando para um futuro próximo 60 milhões sem nenhuma proteção nenhuma de aposentadoria”, observou. 

Para o pré-candidato, o modelo econômico que Lula e Bolsonaro defendem herdaram de Fernando Henrique Cardoso. “O Brasil tem 4 dos 10 bancos mais lucrativos do planeta. Não vou ensinar aos meus filhos e dois netos que para governar o Brasil tem que ser mandado pelo centrão. Estamos aqui para oferecer uma alternativa simples e honesta”, observa. Após Ciro Gomes palestrou na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas. Neste sábado, a partir das 10h, ele visita a Vila Cruzeiro, em Porto Alegre, com saída da Escola Estadual Alberto Bins.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895