Encarregado da Venezuela diz que embaixada foi "assediada"

Encarregado da Venezuela diz que embaixada foi "assediada"

Representante denunciou internacionalmente invasão à sede da diplomacia venezuelana

AE

Do lado de fora, manifestantes acusam Bolsonaro de respaldar ação

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O encarregado de Negócios da Venezuela no Brasil, Freddy Meregote, afirmou que a embaixada do país em Brasília foi "assediada" e cobrou do governo brasileiro a manutenção da integralidade física de representantes que estão no local. Ele também destacou que o governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, deveria declarar os funcionários da representação diplomática como "personas non gratas" para que pudessem deixar o Brasil.

"Quero denunciar à comunidade internacional que nossa embaixada foi assediada, penetrada irresponsavelmente", disse Meregote em entrevista à imprensa no portão da sede da representação da Venezuela em Brasília. "Há um assédio a uma embaixada, a um país, e por trás disso a mão do imperialismo norte-americano."

Representantes do opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente da Venezuela pelo Brasil, conseguiram pela primeira vez acesso à embaixada do país em Brasília, na madrugada desta quarta-feira, horas antes do início das atividades da 11ª Cúpula do Brics, que reúne os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, países que apoiam a permanência do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no poder. Ainda não há informações oficiais se o grupo estava armado.

O representante pró Maduro afirmou que houve violação dos direitos humanos e internacionais na ação. Do lado de fora da embaixada, militantes de partidos e movimentos de esquerda fazem um protesto classificando a ação como uma "invasão" e um "golpe" com respaldo do governo do presidente Jair Bolsonaro. O embaixador da Bolívia no Brasil, José Kinn Franco, foi ao local. "O que está acontecendo hoje é uma agressão de pessoas que não podem violar uma propriedade que é do Estado infringir a lei", declarou.

Segundo assessores da embaixada, os funcionários estão reunidos neste momento com integrantes da Polícia Federal, da Polícia Militar do Distrito Federal, do Mercosul e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.


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