Ernesto Araújo diz que governo de Bolsonaro "se transformou em uma administração sem alma e ideal"

Ernesto Araújo diz que governo de Bolsonaro "se transformou em uma administração sem alma e ideal"

Ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil fez uma série de tuítes neste sábado

Correio do Povo

Araújo pediu demissão no fim de março deste ano

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O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo fez críticas a administração do presidente Jair Bolsonaro em postagens nas redes sociais neste sábado. O ex-chanceler afirmou que o atual governo se transformou em uma administração tecnocrática sem alma, nem ideial. "Um governo popular, audaz e visionário foi-se transformando numa administração tecnocrática sem alma nem ideal. Penhoraram o coração do povo ao sistema. O projeto de construir uma grande nação minguou no projeto de construir uma base parlamentar", tuitou na manhã deste sábado. 

Segundo ele, o povo brasileiro teve a chance de transformar o País, nas eleições de 2018, de uma cleptocracia para uma verdadeira democracia. "Chegamos a avançar. Mas, a partir de meados de 2020, a reação do sistema, cavalgando a pandemia, começou a desmantelar essa esperança", lamentou. 

Araújo contou que fez o possível para preservar a visão original do governo Bolsonaro. "Assisti a esse processo com angústia e inconformidade, e fiz o que pude, até onde pude, para preservar a visão original. Nisso estive quase sozinho. Vi confiscarem ao Presidente seu sonho, anularem suas convicções, abafarem sua chama Não deixei que abafassem a minha", destacou. 

Ele encerrou a série de tuítes dizendo que hoje, o Brasil tem a oportunidade de pedir que Bolsonaro volte a ser o presidente eleito de 2018: " aquele que prometeu derrotar o sistema, o líder de uma transformação histórica e constitucional, o portador de uma missão."

Ernesto Araújo pediu demissão no dia 29 de março deste ano. Integrante da chamada ala ideológica do governo, o ex-chanceler estava no cargo desde o início da atual gestão, mas não resistiu à pressão, inclusive do Centrão, que apoia o Planalto, em razão da política diplomática durante a pandemia. 


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