"Falar que passa-se fome no Brasil é uma grande mentira", afirma Bolsonaro

"Falar que passa-se fome no Brasil é uma grande mentira", afirma Bolsonaro

Fala do presidente foi em resposta a uma manifestação de Rodrigo Maia sobre a desigualdade de renda

AE

Presidente Jair Bolsonaro encontrou jornalistas estrangeiros em um café da manhã

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Durante o café da manhã com jornalistas estrangeiros, realizado nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que "falar que passa-se fome no Brasil é uma grande mentira". Para ele, no Brasil "passa-se mal, pessoas não comem bem, mas fome não". "Você não vê gente, mesmo os pobres, pelas ruas com físico esquelético como a gente vê em outros lugares do mundo", disse o chefe de Estado, sem mencionar nominalmente nenhum país.

A fala de Bolsonaro foi em resposta a uma correspondente do jornal espanhol El Pais, que afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), manifestou preocupação com a desigualdade de renda no País e perguntou qual o trabalho que o governo tem feito para reduzir a pobreza.

No encontro com os jornalistas, Bolsonaro disse que o governo não irá criar nenhum novo imposto. Bolsonaro foi questionado sobre a polêmica envolvendo um possível retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), e afirmou que o governo pretende "fundir impostos, mas CPMF de volta, não".

O presidente falou, ainda, sobre as relações internacionais do Brasil. Um jornalista alemão disse a Bolsonaro que muitos europeus temem que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia seja interrompido por questões ambientais, como o uso de agrotóxicos pelo agronegócio brasileiro. Irritado, Bolsonaro respondeu que europeus não tem com o que se preocupar "porque somos um dos países que menos utilizam agrotóxicos em suas plantações".

Respeito e ida à China 

Além disso, Bolsonaro disse que tem "profundo respeito pelo (presidente russo) Vladimir Putin", que o Brasil está de braços abertos para a Rússia e que ele espera a colaboração dos russos para "resolver a questão da Venezuela".

Bolsonaro ainda confirmou sua ida à China, país com o qual deseja "aprofundar o relacionamento". Entre outros temas, Bolsonaro afirmou que abriria mão da reeleição caso uma reforma política fosse aprovada pelo Congresso, mas que, como não vê possibilidade de os parlamentares aprovarem uma reforma desta magnitude neste ciclo eleitoral, não está preocupado com essa questão.

O chefe de Estado ainda mencionou que a retirada das curtidas na rede social Instagram, um dos temas mais comentados no Twitter nesta semana, "é uma tentativa de interferência na nossa liberdade".


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