"Fechar instituições está mais para Maduro do que para Jair Bolsonaro", afirma presidente

"Fechar instituições está mais para Maduro do que para Jair Bolsonaro", afirma presidente

Em encontro com jornalistas em Brasília, presidente também falou sobre o decreto do armamento e possível fim da cobrança de bagagens em viagens aéreas

Correio do Povo

O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu jornalistas no Palácio do Planalto

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O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta quinta-feira que quem tiver a motivação de fechar o Congresso Nacional ou o Supremo Tribunal Federal (STF) nas manifestações a seu favor marcadas para o próximo dia 26, como vem sendo declarado nas redes sociais nos últimos dias, estará no ato errado. “Isso está mais para (Nicolás) Maduro do que para Jair Bolsonaro”, afirmou. Em um café da manhã com jornalistas e representantes de veículos de comunicação de diversos estados realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, o chefe do Executivo observou que a mobilização de domingo é espontânea, mas se afastou de pautas que envolvem o confronto entre as instituições. 

Ao falar sobre a questão do armamento, o presidente salientou que o governo decidiu reescrever o decreto para evitar perder todo o projeto. Segundo ele, a partir do primeiro texto ficou evidenciado que o governo havia tangenciado os limites da lei, mas que, em decorrência das ações na Justiça e outros alertas, optou por reelaborar alguns artigos. Bolsonaro reforçou ser favorável à liberação das armas e citou o estado de Santa Catarina como um exemplo, por ser um dos menos violentos ao mesmo tempo que tem grande parte da população armada. Ao comentar o acesso de menores de idade, lembrou que ele e seus filhos atiraram quando jovens. “Não vejo nada de mal em um garoto de 8 ou 9 anos atirar, desde que com o acompanhamento de um adulto que mostre que arma é perigoso”, declarou. 

Outro ponto mencionado pelo presidente foi com relação às empresas aéreas. Ao ser questionado sobre o projeto aprovado nesta quarta-feira que terminaria com a cobrança dos 23 quilos de bagagens além do preço da passagem, Bolsonaro disse que, pessoalmente, aprovaria a medida. “Meu coração diz para não cobrar”. Apesar disso, afirmou que vai esperar “até os 48 do segundo tempo” para sancionar ou vetar a proposta porque está ciente de ser uma questão complexa, que envolve o livre mercado e não apenas a sua vontade. A proposta de proibir a cobrança foi incluída na Medida Provisória que libera 100% de capital estrangeiro nas empresas aéreas e comentou que espera que isso aumente a competitividade entre as empresas.

O diretor de redação do Correio do Povo, Telmo Flor, representou o jornal no evento em Brasília. Também participaram representantes do Grupo Record, como o apresentador Celso Freitas, e de veículos como SBT, Globo News, CNT, site 360, entre outros. Além do presidente Jair Bolsonaro, estiveram presentes diversos ministros, entre os quais o da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, assim como o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.


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