Flávio Bolsonaro repete discurso do pai: "Quem tem que se explicar é o meu ex-assessor"
Senador eleito deve prestar depoimento sobre movimentação financeira atípica registrada pelo Coafx
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O nome de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, é citado no relatório que integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu dez deputados estaduais no início de dezembro.
No relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf), segundo informações publicadas na imprensa, foi identificada movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz. A expectativa é que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro preste depoimento no Coaf amanhã (19). Não há confirmação oficial sobre a data.
No último dia 9 de dezembro Jair Bolsonaro afirmou que Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flávio Bolsonaro, é quem daria as explicações sobre os depósitos que foram feitos na conta do filho do presidente eleito.
Houve depósitos feitos, inclusive, por outros assessores do gabinete. "Um dos assessores repassou R$ 800 (ao Queiroz). Outro R$ 1.500. Duas passaram valor idêntico, não sei nem o que é isso, R$ 2.300. Os três repasses... Repasses não, os depósitos mais altos foram as filhas e as esposas (que fizeram)", afirmou Bolsonaro aos jornalistas na porta de sua casa, no Rio.
O Coaf indicou que a conta de Queiroz recebeu diversos depósitos, incompatíveis, a princípio, com sua renda. Um cheque de R$ 24 mil foi emitido por Queiroz para Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama. Ao ser questionado se enxergava com "naturalidade" os depósitos feitos na conta de Queiroz, o futuro presidente disse que o ex-assessor é quem tem as respostas.