Frente de centro-direita é aposta do PP em Porto Alegre

Frente de centro-direita é aposta do PP em Porto Alegre

Partido quer ampliar as articulações para fortalecer o nome do atual vice-prefeito, Gustavo Paim, como pré-candidato ao Paço Municipal

Correio do Povo

Gustavo Paim articulará apoiadores para as eleições de outubro

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O Partido Progressista (PP) de Porto Alegre incumbiu, nesta terça-feira, o vice-prefeito de Porto Alegre e pré-candidato, Gustavo Paim, a intensificar as articulações com outras siglas para a formação de uma frente de centro-direita para concorrer nas eleições de outubro. “Acreditamos que o cenário é muito propício para a apresentação de uma candidatura que represente o campo de centro-direita e os eleitores que escolheram o atual projeto para representá-los, mas que estão desiludidos e decepcionados pelo não cumprimento de parte dos compromissos assumidos na campanha de 2016”, pontua Paim.

Desde o ano passado, quando o PP aprovou o indicativo de ter candidatura própria, a relação dos progressistas com o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), que já vinha se deteriorando, acabou rompida. A partir deste ponto, Paim e Marchezan passaram a travar disputas públicas, envolvendo as executivas partidárias, que culminaram em recente disputa na Justiça, sob questionamentos acerca das atribuições e competências do vice-prefeito na administração. “Não tem mais nenhum progressista empregado na prefeitura por conta da relação dele com o meu partido. Minha convicção, no entanto, é de prosseguir no exercício do mandato até o final. Apesar da ruptura política com o prefeito, fui eleito e tenho um compromisso”, destaca.

Paim diz acreditar na viabilidade de formar um grupo de partidos com afinidades político-ideológicas para “romper a polarização”, referindo-se às prováveis candidaturas do atual prefeito e de uma frente formada por partidos de esquerda, que deverá apresentar projeto de oposição às políticas de Marchezan. “Estou trabalhando para tentar diminuir a fragmentação de candidaturas em nosso campo de atuação, construindo uma alternativa para quem deseja votar pela aprovação de um projeto e não pela rejeição de um projeto em que não acredita”, diz.

Também afirma estar preparado para enfrentar os debates, inclusive com seu ex-colega de chapa. “Infelizmente, tivemos uma condução pautada por muitos conflitos, sobretudo, devido ao perfil da liderança desse projeto. Ocorreram muitas brigas com diferentes setores da sociedade. Foram 42 mudanças no primeiro escalão da administração em 38 meses de governo. Haveria mais entregas se houvesse mais harmonia na condução política”, critica.


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