Frente de esquerda para eleição 2020 ganha força em Porto Alegre

Frente de esquerda para eleição 2020 ganha força em Porto Alegre

Cotada como candidata, a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) manteve encontros com dirigentes e lideranças do PSol e do PT na Capital nessa segunda-feira

Luiz Sérgio Dibe

Manuela D'Ávila e lideranças do PSol, durante almoço

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Partidos políticos do campo da esquerda intensificaram sua movimentação, neste início de semana, em torno da composição de alianças para as eleições municipais do ano que vem. Um dos focos foi a disputa em Porto Alegre. Cotada como possível candidata e nome capaz de aglutinar forças políticas de diferentes siglas em sua órbita, a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) manteve encontros com dirigentes e lideranças do PSol e do PT na Capital, cujos registros fotográficos divulgados pelas redes sociais repercutiram ao longo do dia.

O primeiro compromisso ocorreu pela manhã, na sede do PSol, onde Manuela reuniu-se com a pré-candidata à Prefeitura pela sigla, deputada federal Fernanda Melchionna (PSol), com a deputada estadual Luciana Genro (PSol) e com o presidente do PSol em Porto Alegre, vereador Roberto Robaina, além do ex-deputado Pedro Ruas (PSol). Em seguida, a ex-deputada do PCdoB e seus correligionários almoçaram com parlamentares e dirigentes do PT.

 

"Existe a visão, compartilhada entre estes partidos e outros com quem temos conversado, sobre a necessidade de uma ação política conjunta para disputar e vencer a eleição em Porto Alegre. Independentemente da colocação de possíveis candidaturas e composições, o que representa uma prioridade neste momento é a formulação de um projeto comum, que seja capaz de apontar uma mudança para os rumos da administração da Capital", indicou o presidente municipal do PCdoB, Márcio Cabral.

De ambos os encontros, resultaram fotos nas quais Manuela aparece falando aos líderes políticos do PSol, primeiro; e depois à comitiva petista formada pelos deputados federais Henrique Fontana (PT) e Maria do Rosário (PT), pelos deputados estaduais Sofia Cavedon (PT) e Edegar Pretto (PT), e pelos vereadores Adeli Sell (PT), Aldacir Oliboni (PT), Engenheiro Comassetto (PT) e Marcelo Sgarbossa (PT).

Em sua conta no Twitter, Manuela postou uma foto de cada compromissos e referiu-se de maneiras distintas sobre os encontros: "Hoje participei com meus companheiros de partido de uma reunião com a direção do PSol de Porto Alegre. Temos uma avaliação comum sobre o processo eleitoral de nossa capital: a unidade é importante para derrotar (o prefeito) Marchezan. Estou convicta que construiremos um caminho para chegar a ela", apontou, sobre a primeira reunião, em postagem realizada logo após o meio-dia.

Presidente do PSol, Roberto Robaina afirmou que existem leituras políticas, tanto sobre o cenário municipal, quanto da cena nacional, que aproximam as siglas de uma possível aliança. "Para o PSol, a novidade nesta frente é representada pela deputada Melchionna. É importante sabermos se esta novidade será incorporada para solidificar a ideia de uma frente, pois a parceira entre PT e PCdoB, por si só, tamvez não represente algo novo para os porto-alegrenses", analisou Robaina.

Também pelo Twitter, mas já no meio da tarde, Manuela citou a reunião com o PT. "Hoje almocei com a bancada de vereadores do PT de Porto Alegre (...) e com os deputados (...). Tenho certeza que estaremos juntos em 2020 para derrotar Marchezan!", escreveu a ex-deputada.

Dirigente petista na Capital, Rodrigo Dilélio reconheceu que estabelecer uma unidade entre diversos partidos é "tarefa difícil", mas ponderou que a formação de um plataforma unificada de oposição aos governos municipal, estadual e federal poderá resultar em alianças. "Talvez cada partido busque inicialmente seu legítimo direito de apresentar nomes para concorrer, mas esta unidade deverá se consolidar como um proposta de mudança para o segundo turno", avaliou Dilélio.


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