"Gostaria muito que o Brasil se tornasse membro da Opep", diz Bolsonaro na Arábia Saudita

"Gostaria muito que o Brasil se tornasse membro da Opep", diz Bolsonaro na Arábia Saudita

Presidente participou do fórum Iniciativa para Investimentos Futuros (FII), mais conhecido como o "Davos" saudita

AFP

Imprensa saudita informou que Bolsonaro e o príncipe herdeiro "discutiram como reforçar os investimentos bilaterais"

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O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quarta-feira que gostaria que o Brasil entrasse na Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), onde passaria a ocupar o terceiro lugar em termos de produção. "Pessoalmente, eu gostaria muito que o Brasil se tornasse membro da Opep", declarou no fórum Iniciativa para Investimentos Futuros (FII), mais conhecido como o "Davos" saudita, organizado em Riade. O Brasil se dispôs a celebrar um importante leilão de concessões petrolíferas na semana que vem. "Acho que o potencial existe. Temos enormes reservas petroleiras", disse à imprensa.

Bolsonaro contou ter recebido um convite formal saudita para se juntar à Opep, depois de se reunir com dirigentes do país anfitrião, incluindo o príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, informou a Bloomberg News. "(O convite) poderia ser o primeiro passo", acrescentou Bolsonaro, lembrando que quer consultar o setor petrolífero antes de tomar uma decisão. Segundo o presidente, o Brasil e a Opep podem formar uma grande aliança que ajudaria a estabilizar os preços energéticos mundiais.

A imprensa saudita informou que Bolsonaro e o príncipe herdeiro "discutiram como reforçar os investimentos bilaterais". A oferta saudita de se unir à Opep confirma a crescente importância do Brasil, que produziu o equivalente a 3,828 milhões de barris diários de petróleo e gás em agosto, de acordo com dados oficiais. A produção de petróleo chegou a 2,989 milhões de barris diários, um aumento de 7,7% em relação ao mês anterior. Como parte da Opep, o Brasil passaria a ser o terceiro maior produtor do cartel, atrás somente da Arábia Saudita e do Iraque, segundo a Bloomberg News.

 

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