Governo anuncia escritório do Brasil em Jerusalém
Decisão foi comunicada no primeiro dia de visita de Jair Bolsonaro a Israel
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Entre os acordos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro no primeiro dia de visita a Israel, está a criação de um escritório para a promoção de comércio, investimento, tecnologia e inovação. Os dois governos assinaram neste domingo seis acordos de cooperação. Bolsonaro e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estiveram reunidos durante mais de uma hora.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, comemorou a decisão do governo brasileiro. "Obrigado por abrir um escritório diplomático em Jerusalém! Israel e Brasil são verdadeiros amigos, com valores comuns, e fortaleceremos a cooperação entre os nossos países", escreveu Katz nas redes sociais, pouco tempo antes de Bolsonaro participar de uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Bem vindo to Israel @ernestofaraujo, Minister of Foreign Affairs of Brazil & President @jairbolsonaro. Obrigado for opening a diplomatic office in Jerusalem! Israel and Brazil are true friends sharing common values and we will strengthen the cooperation between our two countries. pic.twitter.com/yj2Qavz9NV
— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) 31 de março de 2019
Netanyahu visitou o Brasil em dezembro para conhecer Bolsonaro e representantes da comunidade judaica do Brasil. Enquanto no Brasil, as autoridades israelenses discutiram uma venda de drones com Bolsonaro, segundo uma fonte diplomática sênior. O primeiro-ministro tinha grandes esperanças de que Bolsonaro fizesse a transferência da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. Em troca, esperava-se que Israel fornecesse informações e oportunidades de aquisições para ajudar o principal projeto de Bolsonaro, a segurança doméstica.
Após uma reunião em janeiro com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o presidente hondurenho, Juan Orlando Hernandez, Netanyahu disse que Bolsonaro lhe disse que era uma questão de "quando, e se não", o Brasil mudaria sua embaixada. Apesar disso, o escritório representa uma aproximação com o país do Oriente Médio e já estava sendo cogitado como uma forma de evitar a polêmica transferência.