Governo do Amazonas inviabilizou envio de oxigênio por avião, afirma Araújo na CPI

Governo do Amazonas inviabilizou envio de oxigênio por avião, afirma Araújo na CPI

Ex-chanceler diz que Itamaraty negociou com os EUA uso de avião específico para transporte do gás, que não se concretizou

R7

Araújo presta o primeiro depoimento da terceira semana da CPI da Covid

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O ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta terça-feira, na CPI da Covid, que o governo do Amazonas não forneceu dados necessários para o envio de oxigênio com o uso de um avião dos Estados Unidos específico para este fim. O Estado, especialmente a capital, Manaus, viveu uma crise no estoque do gás em janeiro, o que agravou a situação de pacientes de Covid-19.  "Contatamos o governo do AM, (para saber) que tipo de cilindro, especificações mínimas. Passaram-se dois 3 dias, acabou não viabilizando", disse.

O R7 procurou o governo do Amazonas e aguarda possível manifestação sobre as afirmações de Araújo.

Questionado pelo deputado federal Randolfe Rodrigues (Rede-AP) sobre o envio de cilindros de oxigênio pela Venezuela, ele respondeu tratar-se de uma doação e que, portanto, não foi necessária qualquer intervenção do governo. Ernesto respondeu que "não" quando questionado se falou com alguém da Venezuela ou se agradeceu ao envio do insumo.

O chanceler recebeu duras críticas do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), por não ter intermediado uma viagem com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para a entrega dos cilindros. A viagem foi feita por terra, levando muito mais tempo.

Araújo presta o primeiro depoimento da terceira semana da CPI da Covid. Antes, já falaram aos senadores os ex-ministros da Saúde como Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual titular da pasta, Marcelo Queiroga; o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres; o ex-secretário de Comuniação Fabio Wajngarten; e o ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo.

Mais cedo nesta terça, Araújo negou rejeitou erros do Itamaraty e que possíveis rusgas com a China tenham impactado no envio de insumos para a fabricação de vacinas no Brasil.  


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