Governo faz o dever de casa com a Previdência, diz Bolsonaro

Governo faz o dever de casa com a Previdência, diz Bolsonaro

Senado, no entanto, impôs uma derrota à administração federal derrubando regras mais rígidas para recebimento do abono salarial

Correio do Povo e Agência Brasil

Governo faz o dever de casa com a Previdência, diz Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira, que a aprovação da Reforma da Previdência é uma maneira de dar um sinal de que "o dever de casa está sendo feito" em direção à retomada de investimentos e alcance do equilíbrio das contas públicas do País. O texto-base da proposta foi aprovado na noite dessa terça-feira no Senado.

De acordo com o presidente, a reforma é necessária. "Não temos plano B, nem pra mim, nem pra ninguém. Os outros governos tentaram fazer e não conseguiram", disse aos apoiadores que o aguardavam na saída do Alvorada.

Após quatro horas de sessão, o plenário do Senado aprovou a proposta por 56 votos a favor, 19 contra e nenhuma abstenção. Eram necessários 49 votos para que a medida avançasse.

A PEC ainda precisa ser aprovada em segundo turno para ser promulgada, e as novas regras de aposentadoria, pensões e auxílios passarem a valer. A nova votação está prevista para o dia 10 de outubro.

Derrota para o governo

O plenário do Senado impôs uma derrota ao governo derrubando o artigo que criava regras mais rígidas para recebimento do abono salarial. O benefício é uma espécie de 14º salário pago pelo governo a trabalhadores de baixa renda com carteira assinada.

O Senado decidiu manter o critério atual em que podem receber o benefício aqueles trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. A versão da reforma aprovada pela Câmara previa um limite de renda mais restritivo, de aproximadamente R$ 1,3 mil.

Com isso, a previsão de economia com a reforma será reduzida em R$ 76,4 bilhões em dez anos e passa para R$ 800 bilhões em dez anos. A proposta para a Previdência saiu da Câmara com uma projeção de corte de gastos de R$ 933 bilhões em uma década. A versão original, enviada pelo governo em fevereiro, previa redução de R$ 1,2 trilhão nas despesas.


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