Governo restabelece créditos para o Badesul com o BNDES

Governo restabelece créditos para o Badesul com o BNDES

Entidade de fomento econômico apresentou plano de recuperação

Correio do Povo

Entidade de fomento econômico apresentou plano de recuperação

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O governo do Estado conseguiu restabelecer o fluxo de operações do Badesul com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A definição foi tomada, nesta quarta-feira, em reunião no Rio de Janeiro com o secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, e a diretora-presidente do Badesul, Susana Kakuta.

A medida foi anunciada em encontro do qual participaram o presidente do Conselho de Administração do Badesul, Josué Barbosa, e do representante da Secretaria da Fazenda Antonio Carlos Provenzano. Neste mês, o limite de crédito para novas operações havia sido suspenso.

Na reunião foi acertado que as liberações de recursos estarão condicionadas a um plano de recuperação do ponto de equilíbrio operacional e da redução de dependência do BNDES, com quem o Badesul mantém uma relação desde 1975. O plano deverá ser harmonizado entre a instituição e seu controlador (Estado) e terá acompanhamento pelo BNDES. "Agora é mãos à obra na retomada das operações para a reconstrução de uma nova vida no Badesul", disse a presidente.

Susana Kakuta lembrou que, desde o início da gestão, uma série de medidas foram adotadas para melhorar o resultado do órgão de fomento. Entre as ações estão enxugamento de despesas, aumento da qualidade da carteira, aprimoramento do sistema de governança, renegociações e programa de demissão estimulada. Ela acrescentou que o Badesul, durante toda sua história, cumpriu integralmente com suas obrigações técnicas e financeiras junto ao BNDES, estando 100% adimplente.

Segundo a presidente da entidade, dois motivos principais levaram o Badesul à atual queda de rating: o primeiro deles seria o fato de que o banco passou a operar, ainda na gestão anterior, grandes volumes de empréstimo a poucas empresas, entre as quais algumas que enfrentam problemas financeiros profundos e não pagaram seus débitos, como a Iesa e a WinPower. Juntas, levaram o Badesul a perder cerca de R$ 100 milhões.


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