Grupo que atua na Saúde é alvo de investigação por superfaturamento

Grupo que atua na Saúde é alvo de investigação por superfaturamento

VTCLog é a atual encarregada da logística pelo Ministério da Saúde para entrega de vacinas

AE

O governador Eduardo Leite foi ao Centro de Distribuição Logística do MS, em Guarulhos, receber de forma simbólica as primeiras 341,8 mil doses destinadas ao Rio Grande do Sul

publicidade

Uma empresa que presta serviço para o Ministério da Saúde é investigada por suspeitas de superfaturamento de R$ 16 milhões na própria pasta. O valor foi apontado pela área técnica do Tribunal de Contas da União em contrato anterior firmado com o ministério pelo grupo Voetur, proprietário da VTCLog, atual encarregada da logística para entrega de vacinas.

Com histórico de investigações, a empresa entrou na mira da CPI da Covid: os senadores aprovaram requerimento do vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para convocar a executiva da empresa Andreia Lima. "(Pode haver) contrato superfaturado para distribuição de vacinas. Estamos investigando", disse o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), ao Estadão. Só neste ano, o Ministério da Saúde empenhou R$ 258,14 milhões em favor da VTCLog, dos quais R$ 137,5 milhões já foram pagos.

Os técnicos do TCU se manifestaram numa tomada de contas especial (TCE), instaurada no ano passado, em relação a contratos anteriores firmados com a companhia. O processo faz referência a supostas irregularidades em dois contratos da Voetur com o Ministério, assinados em 1997 e em 2003. Nos dois casos, a auditoria encontrou suspeitas de irregularidades. "Ficou comprovado que os pagamentos à empresa ficaram 1.825% acima do valor contratado", disse o tribunal.

Esses casos, agora, somam-se a novas denúncias contra a empresa. A companhia está envolvida em suspeitas que envolvem aditivo de R$ 18 milhões em um contrato atual com a Saúde. Neste caso, o valor teria sido 1.800% superior ao recomendado pela área técnica da pasta, segundo reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo.

A empresa negou irregularidades nos contratos com a Saúde e disse que está apta a participar de licitações. O Ministério da Saúde não respondeu aos questionamentos da reportagem até a publicação desta matéria.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895