Hamilton Mourão relata preocupação com ativismo judicial ao falar de decisões do STF

Hamilton Mourão relata preocupação com ativismo judicial ao falar de decisões do STF

Vice-presidente considerou que as Forças Armadas cumpriram o seu papel nos apontamentos sobre as urnas eletrônicas

Mauren Xavier

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O vice-presidente Hamilton Mourão participou de entrevista no programa Agora, da Rádio Guaíba, e relatou preocupação com "ativismo judicial" ao falar das recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Nessa quinta-feira, o parlamentar voltou a pedir que a Corte anule sanções impostas a ele pelo ministro Alexandre de Moraes, como o bloqueio das contas bancárias do parlamentar, o uso de tornozeleira eletrônica e o pagamento de R$ 540 mil em multas.

Mourão, que também é pré-candidato ao Senado Federal, reiterou que está em desacordo com os recentes pareceres do STF e ainda fez criticas ao inquérito das fake news por ausência de objeto. O vice-presidente ainda comentou que as Forças Armadas cumpriram o seu papel nos apontamentos necessários sobre as urnas eletrônicas. Para ele, o Judiciário tem entrado em rota de colisão com o Legislativo – o que, na opinião do político, é um erro. 

Ontem, o presidente do TSE, o ministro Edson Fachin, afirmou que  "ninguém e nada" vai interferir nas eleições presidenciais deste ano. O magistrado destacou, também, que o pleito eleitoral diz respeito à "população civil" e "forças desarmadas".

Mais tarde, o presidente Jair Bolsonaro classificou que a declaração de Fachin foi uma descortesia.  O chefe do Executivo explicou que o ministro não deveria ter receio da participação dos militares no processo eleitoral.

Hamilton Mourão esteve no estúdio Cristal, da Guaíba / Foto: Ricardo Giusti 

Questionado sobre o que pensa da disputa estadual, Mourão disse acreditar que a questão financeira deverá ser o grande tema da eleição no Rio Grande do Sul. Investimento em infraestrutura e cultura são assuntos que merecem ser discutidos, conforme o vice-presidente. 

Segundo ele, os eleitores vão optar pelo voto útil na eleição ao Senado e escolherão o que tem mais chance de ser eleito. A avaliação de Mourão foi feita sobre as várias pré-candidaturas do mesmo campo ideológico ao Senado. Neste ano, a disputa é por uma vaga.

 

Missão na Amazônia 

Eleito para um cargo público pela primeira vez em 2018, o general da reserva divide as suas atenções entre a pré-campanha, no Rio Grande do Sul, e as incumbências da vice-presidência. Dentre elas, destaca-se o comando do Conselho Nacional da Amazônia Legal – grupo que se reuniu, no início desta semana, para debater os últimos indicadores do desmatamento na floresta. Na oportunidade, Mourão classificou os índices apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como “péssimos”. Segundo o órgão, os alertas passaram de mil km² em abril, batendo recorde para o período.

O político ressalta que o Brasil está aberto à ajuda internacional, desde que mantenha a soberania sobre as decisões acerca da Amazônia. O vice-presidente destaca ainda a força do Guardiões do Bioma, que pretende zerar o desmatamento ilegal nos próximos seis anos. “Muitas vezes há uma certa imposição onde o recurso tem que ser empregado, e isso limita a nossa soberania. Mas estamos sempre abertos ao debate”, afirma.

Com informações da Rádio Guaíba 


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