Itamaraty “desconvida” Venezuela e Cuba para posse de Jair Bolsonaro
Atitude foi tomada após presidente eleito pedir que "chefes de regimes ditatoriais" não estejam no evento
publicidade
A organização da posse é feita por todos os ministérios envolvidos do governo atual, mas quem toma decisões é o governo eleito. Cuba e Venezuela foram portanto convidados porque essa é a conduta de praxe em posses presidenciais. No domingo, no entanto, o presidente eleito anunciou em seu twitter a decisão política de desconvidar Cuba e Venezuela.
De acordo com Bolsonaro: "Naturalmente, regimes que violam as liberdades de seus povos e atuam abertamente contra o futuro governo do Brasil por afinidade ideológica com o grupo derrotado nas eleições não estarão na posse presidencial em 2019. Defendemos e respeitamos verdadeiramente a democracia".
Na primeira posse de Dilma Rousseff, em 2011, 19 países mandaram presidente ou primeiro-ministro para o evento. A cerimônia teve a presença da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, que morreu em 2013.
• Leia abaixo a nota do Itamaraty:
Toda a organização da posse é feita em coordenação com o governo eleito. Os atos são formalizados pelo governo atual (até primeiro de janeiro de 2019, como previsto na Constituição), após consulta à equipe que assumirá na ocasião.
Sobre os convites, inicialmente, o Itamaraty recebeu do governo eleito a recomendação de que todos os chefes de Estado e de Governo dos países com os quais mantemos relações diplomáticas deveriam ser convidados e assim foi providenciado. Em um segundo momento, foi recebida a recomendação de que Cuba e Venezuela não deveriam mais constar da lista, o que exigiu uma nova comunicação a esses dois governos.