"Já foram em cima do MP ver se vão investigar o Witzel?", questiona Bolsonaro

"Já foram em cima do MP ver se vão investigar o Witzel?", questiona Bolsonaro

Órgão apura suposto esquema de "rachadinhas" envolvendo Flávio Bolsonaro

AE

Bolsonaro afirmou que investigadores "não acham nada" que envolva seu filho em esquema ilícito

publicidade

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, que, desde o ano passado investigam seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), e "não acham nada". O presidente falou sobre as investigações envolvendo seu filho na portaria do Palácio do Alvorada ao ser questionado por jornalistas sobre o assunto.

"Você já viu o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro investigar qualquer pessoa, qualquer ato de corrupção, qualquer agente público do Estado? Olha que é o Estado mais corrupto do Brasil", afirmou o presidente ao ser questionado sobre como via os indícios levantados pelo MP do Rio sobre o caso.

"Já foram em cima do MP ver se vão investigar o Witzel (governador do Rio, Wilson Witzel)? Vocês repararam que, na véspera desse novo caso Flávio, a Polícia Federal mostrou operação na Paraíba onde um dos delatores pegou R$ 115 mil de Caixa 2 para campanha, bem como a loteria da Paraíba faz negócio com a Loterj, do RJ", acrescentou Bolsonaro.

O presidente ainda lembrou do depoimento do porteiro do seu condomínio sobre o caso da morte da vereadora Marielle Franco. "A polícia civil dele (Witzel) armou o porteiro do meu condomínio, que os dois suspeitos de matar a Marielle, ligaram na minha casa na quarta-feira. Vocês já foram perguntar ao governador Witzel?"

Sobre as buscas feitas na operação do Ministério Público do Rio que mirou o senador Flávio Bolsonaro, o presidente disse que houve busca e apreensão em casas de pessoas que não tinham nada a ver com o fato. Bolsonaro disse ainda, sobre a franquia da loja de chocolate do filho: "As franquias são controladas. Ninguém lava dinheiro em franquia."

O presidente ainda comentou a acusação feita pelo MP do Rio sobre o fato de Flávio ter feito depósitos, parcelados, de R$ 2 mil no caixa eletrônico. "Depósito de R$ 2 mil é o limite para ser colocado via caixa eletrônico." Questionado se considera o filho inocente, Bolsonaro respondeu: "Não sou juiz." A investigação do MP do Rio mira suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, quando ele era deputado estadual.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895