Jairo Jorge defende o serviço público e se posiciona contra a privatização

Jairo Jorge defende o serviço público e se posiciona contra a privatização

Candidato ao governo do Estado pelo PDT participou de entrevista à Rádio Guaíba

Correio do Povo

Candidato ao governo do Estado pelo PDT Jairo Jorge

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Lembrando sempre a trajetória de Leonel Brizola, o candidato do PDT ao governo do Estado, Jairo Jorge, prometeu que, se eleito, terá como prioridade o serviço público e as instituições. Dessa forma, se posicionou contra a privatização. Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, nesta sexta-feira, o candidato disse ainda que defenderá a redução de impostos e uma revolução na educação. “Eu acredito no serviço público e vejo com estranheza quem quer ser governador e não acredita no servidor”, ressaltou Jairo Jorge ao criticar o parcelamento dos salários sem o anúncio prévio – como foi feito pelo atual chefe do Executivo do RS José Ivo Sartori em junho de 2015. O pedetista alfinetou também o prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior por não dialogar com os sindicalistas: “Tem que ter inteligência emocional para governar”, argumentou.

Apesar das críticas aos atuais governos, não garantiu que não parcelará salários: “Só vou propor o que é possível fazer”. O ex-prefeito de Canoas disse que, assim como na cidade da região Metropolitana, ele organizará um calendário de pagamentos (o que já é feito hoje pelo governo de José Ivo Sartori) e que tentará, progressivamente, pagar, cada vez mais cedo, os salários. Prometeu ainda uma reforma no atual modelo de governança, com a redução de secretarias. "O modelo atual está ultrapassado. Tem que ter ações. Vou montar dez novas estruturas, dez escritórios. Tem que ter ações, juntar área de proteção a vida e saúde, de segurança, etc. Pensar as forças tarefas observando as particularidades de cada uma".

Criticando mais uma vez o governo atual e a política econômica adotada por Sartori, Jairo Jorge defendeu a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de forma gradual. “O Rio Grande vive a estagnação econômica e um dos motivos é o ICMS que está asfixiando nossa economia. Com os elevados impostos, muitas empresas estão saindo do Rio Grande e indo para Santa Catarina”, acusou. Ele também prometeu a revisão do plano de regime de recuperação fiscal – projeto que, segundo ele, foi negociado entre “um governo fraco com outro governo fraco”. “Hoje o Rio Grande do Sul está de joelho para o governo federal”, resumiu, explicando que o acordo, como está definido hoje, “estabelece que o Estado não pode ampliar o efetivo da Brigada Militar e da Polícia Civil”. “Um estado com altos índices de criminalidade não pode ficar assim (sem reforços na segurança)”, disse. 

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