Justiça decreta sequestro de bens e imóveis de Geraldo Alckmin
Primeira Zona Eleitoral de São Paulo também autorizou a ação para bens ligados a Marcos Antônio Monteiro e Sebastião Eduardo Alves de Castro
publicidade
A 1ª Zona Eleitoral de São Paulo decretou, nesta quarta-feira, o sequestro de bens e imóveis de até R$ 11,3 milhões relacionados ao ex-governador Geraldo Alckmin, Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha do tucano de 2014, e de Sebastião Eduardo Alves de Castro, ex-assessor da Secretaria de Planejamento no mandato do ex-governador
A Polícia Federal (PF) afirma que os valores foram sequestrados para ressarcir os prejuízos gerados por crime de corrupção passiva. Além do bloqueio nas contas, Vargas determinou o sequestro de imóveis que tenham sido adquiridos por Alckmin até 1° de janeiro de 2010 e de propriedades compradas por Marcos Antônio e Sebastião Eduardo após 30 de abril de 2014.
Denúncia contra Alckmin
Alckmin, Marcos Antônio e Sebastião Eduardo foram indiciados e denunciados por tais crimes. De acordo com a Ministério Público Eleitoral, o ex-governador recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014. Marcos Antônio e Sebastião Eduardo teriam recebido os repasses ilegais da empreiteira em nome do tucano.
No último dia 30 a denúncia foi aceita por Vargas, que entendeu que foram apresentados indícios suficientes de materialidade dos crimes supostamente cometidos pelo tucano.
Quando as acusações contra o tucano e seus aliados foram divulgadas, a defesa de Alckmin afirmou que o ex-governador nunca havia sido procurado pelas autoridade para se manifestar a respeito dos fatos, além de argumentar que as conclusões das investigações eram 'infundadas e não encontravam suporte nos fatos.
Depois, quando se tornou réu, o tucano declarou que "nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados nos termos da legislação vigente, nem tampouco praticou qualquer ato de corrupção".
A defesa de Sebastião Eduardo Alves de Castro declarou, à época da denúncia, que os fatos atribuídos a ele, "além de muito antigos, são fruto de um trabalho de investigação atabalhoado e com conclusões prematuras da Polícia Federal, possivelmente pautados em elementos ilícitos".
Até a publicação desta matéria, a reportagem ainda buscava contato com as defesas do ex-governador Geraldo Alckmin, Marcos Antônio e de Sebastião Eduardo. O espaço está aberto a manifestações.