Leite aponta "falta de fôlego econômico" e "redução de demanda hospitalar" para voltar com cogestão

Leite aponta "falta de fôlego econômico" e "redução de demanda hospitalar" para voltar com cogestão

Mesmo com UTIs do Estado operando há 15 dias com lotação máxima, governador avaliou que pressão sobre hospitais começa a ceder

Correio do Povo

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O governador Eduardo Leite avaliou nesta quarta-feira que o retorno da cogestão no Sistema de Distanciamento Controlado e 'serviços não essenciais' a partir de 22 de março se dará pelo limitado "fôlego econômico" da população e pelos "sinais de uma redução efetiva da demanda" por leitos hospitalares. De acordo com o tucano, "a pressão sobre o sistema hospitalar começa a ceder fortemente, depois de ter havido um aumento de em média 350 leitos por dia a mais sendo ocupados", graças às "duas semanas e meia que temos de restrições mais severas". Ainda assim, as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Estado operam há 15 dias com lotação máxima.

A decisão, explicou o chefe do Executivo gaúcho, analisa uma série de indicadores – o número de óbitos é apenas um deles. "Infelizmente choca e nos sensibiliza, porque assistir ao registro de 500 mortes certamente toca a qualquer ser humano que preza pela vida, embora esses registros são de vários dias", disse. Ele previu um crescimento do número de felecimentos por conta do vírus SARS-CoV-2 ao longo da proxima semana, mas defendeu "que os dados da demanda de internações demonstram redução da circulação do vírus"."Por isso, devemos partir partir para um retomada da cogestão", enfatizou.

Leite garantiu a volta será acompanha de "medidas severas de restrição ainda, como toque de recolher e suspensão geral das atividades no final do semana e intensa fiscalização". O governador também apontou que fatores econômicos motivaram a decisão. "Como a gente sabe que o fôlego é limitado economicamente, o País está oferecendo um auxílio emergencial que é três vezes menor e que vai alcançar metade da população que alcançou no ano passado. Não há espaço para exigir fôlego da população por ainda mais tempo", disse.

Entretanto, o Rio Grande do Sul deverá continuar em bandeira preta. "O risco ainda é alto em função da super demanda do sistema hospitalar, que ainda está pressionado, mas estabilizado em um patamar muito alto. Bandeira preta é pra alertar", comentou. O Estado também vai estabelecer novas medidas de distanciamento controlado para a bandeira vermelha: as regiões poderão adotar medidas mais flexíveis que a bandeira final, mas não menos rígidas que a bandeira imediatamente inferior.

 


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