Leite cita atraso de Bolsonaro com ação no STF e condena política de confronto durante a pandemia

Leite cita atraso de Bolsonaro com ação no STF e condena política de confronto durante a pandemia

Governdor do Rio Grande do Sul afirmou que chefe de Estado deveria gastar energia na compra de vacinas para a população brasileira

Correio do Povo

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Após o governo federal decidir ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra decretos de estados que restringiram atividades por conta da disseminação da Covid-19, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, publicou um vídeo em que menciona "o atraso" de Jair Bolsonaro porque as restrições em solo gaúcho terminarão na próxima segunda-feira, e além disso condena a política de confronto adotada pelo presidente brasileiro. 

"O presidente Bolsonaro chega, mais uma vez atrasado, e não é de surpreender. Já atrasou o País como pôde na compra de vacinas e chega atrasado também na ação, uma vez que o nosso decreto tem a vigência prevista até o dia 21 de março, no próximo domingo. Na segunda-feira, nós teremos outras normas, outras restrições estabelecidas no Estado. O presidente chega, portanto, atrasado e coloca, infelizmente, a energia em conflito, em confronto, desprezando a gravidade da pandemia, quando poderia estar colocando toda essa energia em ajudar e em conseguir vacinas. É isso que a população precisa", disse. 

Nessa quinta, Bolsonaro falou da ação e disse que determinadas ordens só ele pode dar. "No decreto ali o cara bota 'toque de recolher'. Isso é estágio de defesa, estado de sítio, que só uma pessoa pode decretar: eu. Mas quando eu assino o decreto de defesa, de sítio ele vai para dentro do Parlamento. Mas o decreto de um governador ou de um prefeito, não interessa quem seja, tem o poder de usurpar da Constituição", disse o presidente, que não especificou quais foram os governadores alvos da ação. 

Ele ainda afirmou que vai pedir regime de urgência em um projeto de lei para tornar mais atividades econômicas essenciais durante as restrições. "Tudo o que gerar renda a uma família é atividade essencial", disse.


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