Leite projeta ganho de eficiência em serviços prestados por estatais

Um dia depois de receber do Legislativo a aprovação para a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e da Sulgás, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira no Palácio Piratini, em Porto Alegre, e explicou as pretensões da administração estadual a partir da negociação das estatais. 

"A questão dos passivos das empresas não é apenas um problema, é um ponto objetivo que precisa ser observado com atenção. Não queremos deixar este passivo como uma surpresa para o Rio Grande do Sul e também não adianta transferir tudo para a iniciativa privada, tornando desinteressante a aquisição das empresas e prendendo o comprador a este prejuízo. Quem vai pagar com isso é a população. É bom que se diga que não vai se extinguir as estatais, elas serão vendidas. É de interesse público que elas tenham melhores condições de investimento para qualificar os seus serviços", disse Leite.  

Questionado sobre os próximos passos a partir da negociação das estatais, Leite mencionou o desejo de contar com R$ 3 bilhões para deixar as contas do governo em dia. "O Estado tem possibilidade de receber receitas extraordinárias em outras operações que estamos estruturando, até para resolver passivos existentes do governo e que tomam boa parte do nosso orçamento. Todo o mês, por exemplo, temos que pagar despesas da Saúde que não foram pagas nos anos anteriores. Desde 2014, temos R$ 216 milhões empenhados e não pagos a prefeituras, o que influi em atendimentos da Samu, Saúde Mental e Upas, e agora estamos pagando em 16 parcelas, até setembro do ano que vem. Vamos estruturar algumas ações e queremos antecipar receitas. A recuperação fiscal vai nos permitir buscar crédito no mercado e, a partir disso, poderemos honrar nossos compromissos", frisou.