Luís Miranda rebate governo federal sobre Covaxin: "O Brasil saberá a verdade"
Deputado federal, irmão do servidor que denunciou compra da vacina ao MPF, tentará provar versão em depoimento à CPI da Covid
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O deputado Luís Miranda (DEM-DF) rebateu nesta quarta-feira o governo federal, que o acusou de falsificar documento e mentir sobre o contrato para a compra da vacina indiana contra a Covid-19, Covaxin.
"Sexta-feira o Brasil saberá a verdade e os documentos falam por si só... se ficarmos calados, já será suficiente para todos os brasileiros se revoltarem e ainda entender quem está atrasando o Brasil!!", escreveu o parlamentar em suas redes sociais.
Ele é irmão do servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, que disse ao MPF ter sido pressionado pela compra da vacina. Foi depois da revelação do depoimento de Ricardo que o deputado Miranda reiterou as acusações à imprensa de que a assinatura do contrato da vacina, que teve 20 milhões de doses compradas por R$ 1,6 bilhão.
Os irmãos também afirmam que levaram o conteúdo das denúncias ao próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em reunião no dia 20 de março deste ano, no Palácio da Alvorada. Segundo o deputado, o presidente disse que iria encaminhar o material à Polícia Federal.
Ele diz esperar desde então um retorno sobre o assunto e disse que não conseguiu mais ter uma conversa com Bolsonaro.
Em resposta, o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, fez um pronunciamento, também nesta quarta, desmentindo Miranda e anunciando que o governo Bolsonaro pediu para a Polícia Federal e para a CGU (Controladoria-Geral da União) abrirem investigação contra o deputado e seu irmão.
O caso também chegou à CPI da Covid, responsável por investigar omissões do governo federal no combate à pandemia, que convocou os dois denunciantes para depoimento nesta sexta-feira.