Maia critica Bolsonaro e atos contra Congresso: "Grupo confunde política com tocar o terror"

Maia critica Bolsonaro e atos contra Congresso: "Grupo confunde política com tocar o terror"

Presidente da Câmara frisou que instituições democráticas vão "impor a ordem legal"

R7

Parlamentar também se solidarizou a jornalistas agredidos

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A afirmação do presidente Jair Bolsonaro de  que não vai mais aceitar interferência no Poder Executivo e que nomeará o novo diretor-geral da Polícia Federal nesta segunda-feira teve repercussão imediata nas redes sociais entre políticos e autoridades. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez duras críticas ao discurso do presidente pelo Twitter e citou que "cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror".

Na manhã deste domingo, na rampa do Palácio do Planalto e diante de manifestantes que se reuniam em apoio, disse: "Queremos a independência verdadeira dos Três Poderes. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência." Bolsonaro disse ainda que "não há mais conversa" e que fará cumprir a Constituição, dizendo em seguida que fará a nomeação do cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

Políticos e autoridades se manifestaram pelas redes sociais. Houve mensagens de apoio ao presidente e também duras críticas à sua fala.  O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou duramente a fala do presidente. "No Brasil, infelizmente, lutamos contra o coronavírus e o vírus do extremismo, cujo pior efeito é ignorar a ciência e negar a realidade. O caminho será mais duro, mas a democracia e os brasileiros que querem paz vencerão", disse no Twitter.

Maia também se solidarizou com os jornalistas e profissionais de saúde agredidos e citou que as instituições estão ameaçadas. Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles. Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror.
 


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