Maia descarta busca por reeleição na Câmara por Constituição e modernização no parlamento
Presidente da Casa legislativa declarou que inserir seu nome no processo das reformas mais atrapalha do que ajuda
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Em meio à agenda de reformas no Congresso, Câmara e do Senado também vivem a articulação na corrida para suas respectivas presidências a partir de fevereiro de 2021. Rodrigo Maia afirmou que sua recondução ao cargo está inviabilizada em pela Constituição e indicou que não deve realizar manobras para ser reeleito. "A Constituição vai num caminho e eu entendo as interpretações que querem dar. Minha intenção é que eu entregue a presidência da Câmara em primeiro de fevereiro a um novo presidente que terá as mesmas condições para conseguir continuar o trabalho de reformas que eu considero que ainda é longo", afirmou em entrevista à Rádio Guaíba.
Em 1999, o senador Antônio Carlos Magalhães se reelegeu presidente da Câmara com 70 votos favoráveis. Ele conseguiu o feito após aprovar, na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça um parecer favorável à manobra, que levava a assinatura da advocacia da instituição. "O Brasil é um país que tem muitas distorções, muitos lobbies de interesses do setor público e privado. A gente tem um longo trabalho pela frente e acho que cumpri bem o meu papel", sinalizou.
Além de citar a proibição para reeleição em uma mesma legislatura da Carta Magna, Maia afirma que, se quer tentar avançar nas reformas e "introduzir meu nome nesse processo dentro da interpretação que eu entendo da Constituição mais atrapalha mais do que ajuda." "E atrapalha aquilo mesmo que tenho defendido nos últimos anos, que a modernização do Estado brasileiro".
O parlamentar, que assumiu como presidente-tampão em julho de 2016, após a saída de Eduardo Cunha, conseguiu o participar das eleições internas da Casa depois de uma decisão favorável do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello – ele não incluiu mandatos-tampões nas regras de sucessão. Para ele, seu sucessor deve ser alguém com "outros defeitos, mas com outras virtudes que eu não tenho, para que possamos continuar recuperando o Estado brasileiro e principalmente a imagem da Câmara".