Maioria dos vereadores se posiciona contra aumento do salário do prefeito de Porto Alegre

Maioria dos vereadores se posiciona contra aumento do salário do prefeito de Porto Alegre

Ao menos dois terços dos parlamentares se manifestaram contra a proposta

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Entre os vereadores contrários, alguns se adiantaram com medidas para tentar barrar a aprovação

publicidade

A maioria dos vereadores já se posiciona contra a proposta da Mesa Diretora da Câmara que prevê reajuste de 12,2% ao subsídio do prefeito de Porto Alegre, a partir do ano que vem. A reportagem da Rádio Guaíba obteve respostas de quase 30 parlamentares nesta quinta-feira. Até as 19h desta quinta, 24 dos 36 vereadores já anteciparam voto contrário. A proposição, acordada em 29 de outubro, determina que o subsídio aumente de R$ 19.477,40 para R$ 21.860,67, a partir de 1º de janeiro.

Entre os vereadores contrários, alguns se adiantaram com medidas para tentar barrar a aprovação. Ramiro Rosário protocolou uma emenda à proposta da Mesa, prevendo o congelamento dos salários do prefeito, vereadores e secretários até 2024, sem qualquer reajuste ou correção inflacionária. A matéria pode ir à votação na próxima semana.

Já Pablo Mendes Ribeiro (DEM) protocolou projeto para evitar que a proposição de aumento seja uma tarefa restrita à Mesa Diretora. “Pela proposta, para que este tipo de projeto de lei tenha condições de tramitar, é necessário que haja no mínimo, o apoio prévio, da maioria dos membros do Parlamento”, considera.

Já a ex-presidente da Câmara, Mônica Leal, lembrou que não ter colocado em votação a proposta de elevação do subsídio em 46%, no ano passado. “Não é momento de aumentar nada, penso que a economia da cidade de Porto Alegre foi muito afetada e seja o momento de suspender cobranças como ISS e IPTU para que a economia possa se recuperar”, avalia.

Também contrário, Idenir Cecchim (MDB) disse que é contra elevação de subsídio por conta da pandemia.

O vereador Hamilton Sossmeier (PTB) disse que ficou sabendo da proposta hoje, pela imprensa, e que ainda não viu o teor do projeto. Garantiu que “acha complicado conceder aumento neste momento”.

Na mesma linha manifestou-se Mauro Pinheiro (PL). “Se os candidatos a prefeito são contra, por qual motivo vamos votar a proposta?”, pondera.

Único integrante da Mesa Diretora que atendeu a reportagem, o vereador João Carlos Nedel (PP) disse ser favorável ao reajuste. “É uma obrigação da Mesa Diretora fazer a proposição e sou favorável ao reajuste”, justifica.

Contrários

Adeli Sell (PT)
Aldacir Oliboni (PT)
Alex Fraga (PSol)
Cassiá Carpes (PP)
Cássio Trogildo (PTB)
Cláudia Araújo (PSD)
Clàudio Janta (SD)
Dr. Gourlart (PTB)
Engenheiro Comassetto (PT)
Felipe Camozzato (NOVO)
Idenir Cecchim (MDB)
João Bosco Vaz (PDT)
Karen Santos (PSOL)
Lourdes Sprenger (MDB)

Marcelo Sgarbossa (PT)
Mauro Pinheiro (PL)
Mauro Zacher (PDT)
Mônica Leal (PP)
Pablo Mendes Ribeiro (DEM)
Professor Wambert Di Lorenzo (PTB)
Ramiro Rosário (PSDB)
Ricardo Gomes (PP)
Roberto Robaina (PSOL)
Valter Nagelstein (PSD)

Favoráveis (são membros da Mesa Diretora)

Airto Ferronato (PSB)
João Carlos Nedel
Márcio Bins Ely (PDT)
Paulo Brum (PTB)
Reginaldo Pujol (DEM)

Não responderam ao contato da reportagem:

Alvoni Medina (REP)
Comandante Nádia (DEM)
Cláudio Conceição (PSL)
José Freitas (REP)
Luciano Marcantônio (PTB)
Paulinho Motorista (PSB)

* o vereador Rafão Oliveira (PTB) está licenciado.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895