Marchezan apresenta defesa em processo de impeachment e descarta renúncia
Prefeito disse que renunciar jamais "passou pela sua cabeça" e que não vê motivo algum para isso
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O prefeito Nelson Marchezan Júnior protocolou, na tarde desta segunda-feira, a sua defesa no processo de impeachment e realizou uma transmissão virtual para falar sobre o assunto. Ele frisou que as acusações presentes no impeachment não apontam ilegalidades e que o atingem pessoalmente. "Não gostaria de estar, nesse momento de pandemia, respondendo por isso", assinalou.
Além disso, Marchezan declarou que não vê motivo para renúncia e que isso "jamais passou" pela sua cabeça, mas admite que o pedido tem cunho eleitoral. "Imagino que a tentativa de alguns vereadores, espero que não dos membros da Comissão e não da maioria, é que a eleição se resolva agora, através de impeachment, em desrespeito total aos eleitores", definiu.
Mesmo assim, Marchezan reforçou que têm a expectativa de que os vereadores "terão bom senso e bom caráter" para encerrar o processo de imediato. "Para que possamos iniciar um debate sobre a cidade e que não tenhamos impacto em relação a isso. É evidente que o desejo de quem apresentou esse impeachment é desgastar a minha imagem, se continuar alguns podem sair menores do que quando entraram nele, mas não eu, eu não sairei menor", frisou.
Marchezan ainda destacou que está a disposição dos vereadores Alvoni Medina (REP), Hamilton Sossmeier (PTB) e Ramiro Rosário (PSDB) para "encerrar essa parte triste". "Tenho a certeza absoluta de que nós juntamos um volume adequado de documentos para mostrar que não há nenhuma ilicitude", enfatizou.
A manifestação do prefeito foi feita em duas partes. Uma é a defesa propriamente dita, com 41 páginas, e outro onde estão arroladas as testemunhas. A defesa indicou testemunhas específicas para cada um dos três fatos citados na denúncia. Entre as testemunhas, estão o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o atual titular da pasta, Eduardo Pazuello, assim como o ex-secretário municipal de saúde, Fernando Ritter, e o atual Pablo Stürmer, além do secretário executivo de Combate à Covid de São Paulo, João Gabbardo dos Reis. O ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e presidente estadual do Democratas, Rodrigo Lorenzoni, também foram arrolados.
Mais cedo, no Twitter, Marchezan também se manifestou sobre o tema. "Como já percebido pela população porto-alegrense, demonstramos, mais uma vez, que não praticamos qualquer ilícito. Estou a disposição da Comissão Processante para sanar qualquer dúvida que ainda possam ter".
Os documentos que juntamos são os mesmos que já foram anteriormente analisados pela própria Câmara Municipal, oportunidade em que reconheceram a legalidade de nossa atuação.
— Nelson Marchezan Jr (@marchezan_) August 24, 2020
Estou a disposição da Comissão Processante para sanar qualquer dúvida que ainda possam ter.
— Nelson Marchezan Jr (@marchezan_) August 24, 2020