Marchezan defende maior autonomia dos municípios

Marchezan defende maior autonomia dos municípios

Prefeito de Porto Alegre citou que cidade vive momento de “recuperação e reativação das estruturas econômicas”

Felipe Samuel

Prefeito de Porto Alegre salientou que a Capital vive momento de recuperação econômica

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Ao defender maior autonomia dos municípios para definir as estratégias para retomada econômica, o prefeito Nelson Marchezan Júnior criticou nesta segunda-feira a decisão da Justiça, que acatou pedido do Ministério Público Estadual para suspender a abertura do comércio, e afirmou que o novo decreto municipal que visa flexibilizar o funcionamento do comércio deve atender ainda a construção civil, indústria, entre outros setores, que terão as atividades liberadas com restrição de dia e horário de trabalho.  

Ao ressaltar que a cidade vive um momento de “recuperação e reativação das estruturas econômicas”, Marchezan explicou que a Capital é referência no combate ao novo coronavírus desde o começo da pandemia, quando implantou restrições e iniciou as testagens domiciliares. E garantiu que o novo decreto deve passar por ajustes para que o município possa manter suas competências e poder alterar de acordo com o que “é visto no dia a dia” – Porto Alegre inicia esta semana com número recorde de pacientes confirmados com o novo coronavírus em UTIs, haviam 335 durante a tarde. “Se ficar vinculado ao Estado, fica muito burocrático, muito difícil, e se perde dos dois lados, ou em saúde ou na área econômica”, destaca.

De acordo com Marchezan, o novo decreto deve deixar 'mais claro' pelo menos uma parte das atividades. “A ideia nossa é continuar evoluindo, evitar situações desconfortáveis aos empreendedores, como tiveram essa frustração durante final de semana, e continuar protegendo a saúde dos habitantes de Porto Alegre, mas fazer uma abertura gradual que esteja de acordo com a estrutura econômica do município”, completa, acrescentando, que cada município tem seu percentual de testagens.

O prefeito reforçou que as especificidades de cada cidade precisam ser respeitadas para evitar problemas como os do fim de semana, em que lojistas foram obrigados a fechar seus negócios após decisão judicial. “São especificidades que, me parece, precisam ser respeitadas sob pena de a gente ter prejuízo na saúde e também à economia”, observa. “Nossa ideia, o conceito é o mesmo, reiniciar as atividades com muito cuidado e muita cautela para a gente não ter que retroceder muito rápido.”


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