Marchezan: relatório final da CPI fará parte dos "arquivos inúteis" da Câmara

Marchezan: relatório final da CPI fará parte dos "arquivos inúteis" da Câmara

CPI da Câmara aprovou parecer e recomendou o indiciamento do prefeito e mais dois secretários da gestão

Correio do Povo

Nelson Marchezan cogita lockdown em Porto Alegre

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Após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovar nesta segunda-feira – com oito votos favoráveis – o relatório final da investigação contra a gestão de Nelson Marchezan Jr., o prefeito voltou a reforçar que as denúncias "tem uma tentativa de desgastar a imagem da gestão no período eleitoral".

Em nota divulgada na tarde de hoje, Marchezan afimou que o documento “será mais um que fará parte dos arquivos inúteis do Legislativo”, referindo-se ao relatório que recomenda o indiciamento do chefe do Paço Municipal, do secretário municipal de Relações Institucionais, Christian Wyse de Lemos, e do empresário Michel Costa – que foi diretor da Procempa e presidente do Conselho de Administração da Carris.

Conforme o relator da CPI, vereador Professor Wambert (PTB), verificou-se que o prefeito praticou advocacia administrativa, tráfico de influência, improbidade administrativa, corrupção passiva, dispensa de licitação e conflito de interesses. Para o prefeito, as denúncias são "requentadas e já arquivadas pelo Ministério Público e Tribunal de Contas". 

Marchezan também criticou, em nota, o cronograma cumprido pela Comissão nos últimos meses. Dentre as críticas está a demora para entrega do relatório e a coleta de depoimentos de testemunhas no processo. "Ouviu apenas quatro secretários municipais e nenhuma das outras nove testemunhas e cumpriu somente 22 dos 37 requerimentos aprovados", destacou.

Conforme o relatório apresentado hoje, foi possível verificar diversas irregularidades no contrato celebrado junto à entidade Comunitas (responsável pela implementação do Banco de Talentos), bem como a utilização do mecanismo de seleção para enfoque diverso do anunciado à sociedade. Ao que se refere ao modelo de convocação de novos servidores e estagiários, criado pela gestão, Marchezan alegou que o sistema acabou com o apadrinhamento político de pessoas inabilitadas ao realizar mais de 3,6 mil entrevistas.

"Em um momento de pandemia, no qual os esforços deveriam ser conjuntos pela recuperação da cidade, os vereadores criam factoides e demonstram estar desconectados com a realidade", concluiu destacando que o relatório atribui ao prefeito crimes sem apontar fatos criminosos ou práticas ilegais.

• Nota de Marchezan: 

O relatório final apresentado pelo vereador Wambert Di Lorenzo (PTB) e aprovado por oito integrantes da comissão na Câmara Municipal, nesta segunda-feira, 31, será mais um que fará parte dos arquivos inúteis do Legislativo.

O documento apresenta denúncias requentadas e já arquivadas pelo Ministério Público e Tribunal de Contas. Trata-se de mais uma tentativa de desgastar a imagem da gestão no período eleitoral. 

A comissão levou mais de 4 meses além do limite legal para entregar o relatório, passou mais tempo parada do que trabalhando, ouviu apenas 4 secretários municipais e nenhuma das outras 9 testemunhas e cumpriu somente 22 dos 37 requerimentos aprovados. 

O relatório dos vereadores, assim como o nefasto pedido de impeachment, não buscam a verdade, buscam somente tirar das eleições um governo que não pactua com corrupção e nem com o velho clientelismo dos partidos e da velha política praticada por alguns partidos e vereadores.

No que se refere ao Banco de Talentos, desde a sua criação, registrou cerca de 15 mil currículos e entrevistou mais de 3,6 mil profissionais. O sistema também acabou com apadrinhamento político de pessoas inabilitadas com a atual gestão, privilegiando a capacidade técnica dos profissionais contratados.

O relatório aponta artigos do código penal e imputa ao prefeito crimes sem apontar nenhum fato criminoso ou ilegal, nem desvio ou locupletamento. Em um momento de pandemia, no qual os esforços deveriam ser conjuntos pela recuperação da cidade, os vereadores criam factoides e demonstram estar desconectados com a realidade. 


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