Melo dá início à primeira reunião oficial da transição em Porto Alegre com aliados

Melo dá início à primeira reunião oficial da transição em Porto Alegre com aliados

Encontro define nomes da equipe e "põe na mesa" relação entre ocupação de espaços no Executivo e na Câmara

Flavia Bemfica

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Deve se estender por cerca de duas horas a primeira reunião oficial do prefeito eleito, Sebastião Melo (MDB), com os partidos integrantes de sua coligação e aqueles que o apoiaram no segundo turno. O encontro começou no final da manhã desta quarta-feira. Ao todo são 13 siglas, sete da coalizão original (MDB, DEM, Cidadania, SD, DC, PRTB e PTC) e pelo menos outras seis que passaram a apoiar Melo em diferentes momentos no primeiro ou segundo turnos, como PTB, PP, Republicanos, PSD, PSB e PSDB.

O encontro ocorre na sede do diretório estadual do MDB, na Rua dos Andradas. Melo vai oficializar o vereador eleito Cezar Schirmer (MDB) como o coordenador da transição por parte do governo eleito. Além disso, a ideia é definir também os outros integrantes da equipe, que funcionará por grupos, e estabelecer os prazos de cada etapa do processo até 31 de dezembro. A coordenação e os integrantes de cada área funcionam como indicativo de como os partidos aliados se colocarão na ocupação de espaços da futura administração. 

Apesar das negativas, Schirmer deve ocupar função de destaque na articulação política do futuro governo, abrindo vaga na Câmara de Vereadores para Pablo Melo, filho do prefeito eleito. Ele ficou com a primeira suplência do MDB na Câmara. Outro vereador eleito do partido cotado para ocupar cadeira no primeiro escalão é Idenir Cecchim. Se a opção se confirmar, Camila Nunes, segunda suplente do MDB e filha do deputado federal Bibo Nunes (PSL), assume na Câmara.

O deputado foi um dos mais ferrenhos apoiadores de Melo no PSL já a partir do primeiro turno, e mesmo apesar de, então, seu partido integrar a aliança de Marchezan. Pablo fez 2.413 votos para vereador. Camila contabilizou 2.114.

DEM com papel na área econômica

O DEM, partido do vice eleito, Ricardo Gomes, conforme já ventilado, deverá desempenhar papel relevante na área econômica, por meio da atuação do próprio Gomes. Mas o fato de a sigla ter encolhido de forma significativa na Câmara (das quatro cadeiras atuais para uma a partir de 2021), entra também nos debates. Não há consenso sobre se a única eleita, Nádia Gerhard, deve ser chamada a integrar o secretariado.

Caso isso aconteça, ela abre vaga para o presidente do DEM municipal, Reginaldo Pujol, que não se elegeu. Uma das alternativas, porém, é colocar Pujol diretamente em algum cargo no Executivo. Também é indefinida por enquanto a situação do segundo suplente do DEM, Pablo Mendes Ribeiro. Tanto ele como Nádia saíram do MDB no ano passado.

Outra sigla considerada prioritária é o PTB, em função da virada que a desistência de José Fortunati de disputar a eleição para a prefeitura propiciou ainda no primeiro turno a favor de Melo e pelo papel fundamental da legenda no processo de impeachment que ajudou a ‘enterrar’ a tentativa de reeleição do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB).

O PTB pretendia eleger entre quatro e seis vereadores, mas elegeu três. A metade da bancada atual. Nas negociações iniciais com Melo, ainda durante a desistência de Fortunati, colocou na mesa a reivindicação de pelo menos quatro secretarias. Melo acenou positivamente, mas evitou ‘bater o martelo’.

Isto, somado ao desempenho abaixo do esperado na Câmara, fez com que lideranças petebistas redobrassem o empenho na campanha do segundo turno, principalmente em áreas da periferia nas quais possuem “boa entrada”. O que, agora, tende a fazer com que suas reivindicações iniciais sejam atendidas. O partido tem especial apreço pelas áreas da saúde, assistência social e obras.

 

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